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Estrangeiros se surpreendem com estrutura dos bancos de leite do DF

Visitas foram feitas por 40 técnicos de 23 países da Rede Global de Bancos de Leite Humano

As ações e políticas públicas que tornaram o Distrito Federal o local mais próximo no mundo a conquistar a autossuficiência de leite materno foram apresentadas, nesta sexta-feira (25), a 40 técnicos de 23 países da Rede Global de Bancos de Leite Humano. Eles visitaram nove estruturas da Secretaria de Saúde.

Divididos em três grupos, os estrangeiros foram levados em micro-ônibus do Corpo de Bombeiros. A primeira equipe foi conhecer o Banco de Leite de Santa Maria, Centro de Saúde da Vila Planalto e Hospital Materno Infantil. A segunda foi até o Centro de Saúde 3 de Samambaia, e aos bancos de leite de Ceilândia e de Taguatinga. Já o terceiro grupo foi até o Centro de Saúde 3 de Sobradinho e aos bancos de leite de Planaltina e do Paranoá.

As unidades visitadas vão da atenção básica até a hospitalar. Todos os bancos de leite são certificados como Padrão Ouro e seguem as normas de funcionamento da resolução 171 de 2006, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde. Os centros de saúde também são certificados pelo programa federal Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, que qualifica o processo de trabalho realizado pela atenção básica para incentivar o aleitamento materno.

“A visita foi uma experiência única e momento para trocar conhecimento. Eles ficaram impressionados com a estrutura física, porque temos espaços bem distribuídos e seguimos todas as recomendações necessárias”, destacou a chefe do Núcleo de Banco de Leite do Paranoá, uma das unidades visitadas, Cristiane Medeiros.

Segundo a profissional, eles também comentaram que há grandes diferenças com os seus países de origem no que tange ao aparato tecnológico. “Atuamos na coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite materno. Nós temos um laboratório com equipamentos novos e suficientes para realizar o trabalho de seleção, controle de acidez, físico químico e microbiológico para que o alimento chegue ao recém-nascido com qualidade e segurança”, disse a profissional.

FUNCIONAMENTO – Cristiane Medeiros explicou aos visitantes que o BLH do Paranoá realiza por mês, em média, 800 atendimentos, coleta de 85 litros de leite humano e alimenta aproximadamente 45 bebês. A profissional contabiliza que com 300 ml de leite é possível alimentar até 10 bebês.

“A quantidade é suficiente para atender a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do nosso hospital, que tem 15 leitos, e também para ajudar a contribuir com o abastecimento do Hospital Materno Infantil. A prioridade são os bebês internados prematuros ou com baixo peso”, afirmou.

Outras frentes de trabalho são realizadas com as mães que têm dificuldade de amamentar. “Quem apresenta excesso de leite pode fazer a doação da quantidade excedente. Para as mulheres que estão com pouco leite oferecemos orientações para superar o problema e técnicas para estimular a produção de leite materno”, disse.

PARCERIA - A equipe do Banco de Leite do Paranoá, que até 31 de maio de 2011 era apenas posto de coleta porque não realizava o processamento e distribuição, é composta por um médico, duas enfermeiras, uma nutricionista e seis técnicos de enfermagem. Eles contam com o apoio do Corpo de Bombeiros, que envia uma dupla de militares para fazer a coleta de leite na casa das mães doadoras, o que facilita a vida de quem quer contribuir e tem dificuldade de locomoção.

A dupla faz as visitas quintas e sextas-feiras em residências no Paranoá, Itapoá e Entorno. Quem deseja contribuir, basta ligar para o telefone 160 opção 4. Os bombeiros levam um kit de doação, que inclui um frasco de vidro com tampa de plástico, uma touca para cabelos, uma máscara para o rosto e um folder com orientações.

REDE - A coordenadora de Bancos de Leite Humano da Secretaria de Saúde, Miriam Santos, destacou que os avanços nas políticas públicas de aleitamento materno no DF ocorreram porque 70% das áreas estão adequadas à legislação do Ministério da Saúde e Anvisa.


“Nossa rede é a mais bem equipada do país, o que foi comprovado pelo relatório da Rede Brasileira de Banco de Leite. Temos a parceira do Corpo de Bombeiros que é um diferencial para expandir a cobertura da coleta de leite materno e os profissionais estão engajados em todos os níveis de atenção com o apoio à mulher que amamenta e à implantação de salas de amamentação”, finalizou.  


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