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#LAZER » Brasília para todos os gostos

Bubble Soccer faz temporada perto do Clube do Choro. Próximos locais serão divulgados em redes sociais

Apesar da chuva em parte do dia, o calor predominou. Brasilienses aproveitaram a diversidade de opções para curtir o fim de semana em atividades culturais ao ar livre. Teve dança no Eixão, batucada na Vila Telebrasília e um futebol diferente no Eixo Monumental

As amplas ruas da cidade e os gramados desocupados são convites a sair de casa e preencher os vazios urbanos com cultura e lazer. Há programas para todas as idades e bolsos. Forró surpresa, tocado no vinil e de graça; futebol dentro de bolhas de plástico; tambores africanos; e celebração da cultura sulista. Tudo isso marcou o domingo na capital e mostra que a vida aqui pulsa e só não se diverte quem não quer.

O Eixão Norte foi tomado pelo ritmo do forró pé de serra. Existente desde 2010, o projeto Forró de Vitrola é comandado pelo músico Cacai Nunes, que leva todos os vinis, o equipamento de som e o gerador em uma Kombi de 1973. “A ideia era poder transportar o baile para qualquer lugar em um veículo que remete à época dos discos que eu uso”, explicou.

Primeira edição do Adarrum Festival Internacional de Tambores agitou a Vila Telebrasília, neste domingo

Gratuito e aberto, o evento ainda mantém um ambiente intimista, principalmente pela divulgação sem antecedência. “Informo a data um pouco antes, mas o local só é revelado faltando uma hora para começar.” Os frequentadores mais assíduos preferem assim. “A gente fica de olho no Facebook e não perde um”, afirmou Izabel Meneses, 37 anos. Ela conheceu o namorado, Vinícius Ximenes, 32, dançando forró, há dois anos.

O Forró de Vitrola não tem idade. Prova disso é o professor Fernando Barba, 63, que também vai em todas as edições. “Já dancei salsa, zouk e lambada, e estou no forró há 20 anos”, conta o cearense. “Dançar traz muitos benefícios para a saúde e também para o emocional. Meu filho, que era muito tímido, se soltou com o forró.” Como o evento costuma ser realizado em locais públicos, Cacai lembra que, ao fim, todos os participantes devem recolher o lixo produzido.

Perto dali, bolhas de plástico gigantes chamavam a atenção de quem passava pela área central.Trata-se do Bubble Soccer Brasília, um jogo de futebol diferente, em que os jogadores são posicionados dentro das esferas plásticas. O objetivo é o mesmo de uma partida convencional. Há uma bola menor para ser jogada contra o gol. As equipes são formadas de cinco ou seis jogadores, que participam das partidas de dois tempos de 10 minutos, com intervalo de três minutos. A modalidade, que é paga, começou no Parque da Cidade; agora é praticada perto do Clube do Choro.


O Forró de Vitrola avisa com uma hora de antecedência onde será a festa: Kombi leva o som e discos de vinil

Há dois meses, os jovens empresários Davi Elias, 23, e Rogério Moraes, 22, trouxeram a prática, que é popular nos Estados Unidos, para Brasília. A agenda sempre está cheia e mais de 500 pessoas brincaram no Bubble Soccer. “Recebemos grupos dos mais diversos perfis, como crianças, universitários e colegas de trabalho. Queremos oferecer uma opção a mais de lazer para capital”, explicou Davi. O esporte é uma oportunidade para reunir amigos. O publicitário Rafael Leão, 25 anos, viu vídeos pela internet. Ele jogou com colegas e familiares. “O jogo cansa muito, ainda mais no sol, porém é bem divertido. Ficar em pé que é complicado. Você pode se jogar e pular sem medo de se machucar”, comentou.

As opções de lazer não se concentram apenas na região central. Ontem, o som dos tambores invadiu a Vila Telebrasília durante a primeira edição do Adarrum — Festival Internacional de Tambores.

Integrantes de 14 grupos de percussão fizeram uma caminhada pelas ruas da região embalados pelos batuques. O evento resgatou ritmos tradicionais da cultura africana, como samba-reggae, maracatu, coco, samba e suas releituras. João Victor Fernandes, 9 anos, dominava o chocalho como gente grande. Ele toca outros cinco instrumentos musicais, como caixa, agogô e surdo. “Fico esperando os momentos de ensaio e apresentações para tocar. É muito legal estar aqui”, contou, entusiasmado.

Nos três dias do Adarrum, sete mestres brasileiros, portugueses, argentinos e chilenos ministraram oficinas de percussão. Entre eles, um dos fundadores do grupo Olodum, mestre Jackson Nunes. “É importante passar a essência dos tambores para aqueles que o tocam. Esses instrumentos são também uma expressão de liberdade e inclusão”, defendeu Nunes.


Fonte: Laísa Queiroz – Thiago Soares – Fotos: Breno Fortes/CB/D.A.Press – Ana Rayssa –Esp-Correio/CB/D.A.Press. 

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