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(GDF) Governo organiza ações para minimizar efeitos da greve dos metroviários

Até o fim da paralisação, o metrô funcionará apenas no horário de pico. Ônibus extras circularão todos os dias, e as faixas exclusivas para ônibus estarão liberadas

Para garantir a segurança dos passageiros, os serviços da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) funcionarão em esquema especial até o fim da greve dos metroviários. A partir desta quinta-feira, os trens vão circular apenas nos horários de pico, das 6 às 9 horas e das 17h30 às 20h30. No domingo, as estações ficarão fechadas. Outras medidas relacionadas ao trânsito foram tomadas pelo governo de Brasília para atender às regiões afetadas pela paralisação.
Os departamentos de Estradas de Rodagem (DER) e de Trânsito (Detran-DF) liberaram para todos os veículos, até o fim da paralisação dos metroviários, as faixas exclusivas para ônibus do Setor Policial Sul, da W3 Norte e Sul, da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Por segurança, a liberação não vale para a faixa exclusiva do BRT Sul. 
Já o Transporte Urbano do DF (DFTrans) incluiu 48 ônibus extras no sistema de transporte coletivo. Como auxílio aos passageiros de Samambaia, a empresa Urbi cedeu 14 coletivos, sendo dez convencionais e quatro articulados. A São José também acrescentou 14 ônibus (dez convencionais e quatro articulados) nas linhas que passam em Taguatinga e Ceilândia. Os moradores do Guará, de Águas Claras, de Taguatinga e de Ceilândia contarão com 20 veículos extras da empresa Marechal. Mesmo com a paralisação, os créditos dos cartões do metrô não valem para pagar a passagem dos ônibus.
O reforço faz parte do Plano de Ação Emergencial do Sistema de Transporte Público Coletivo, publicado pela Secretaria de Mobilidade em janeiro de 2015, que permite o remanejamento temporário de veículos das operadoras que atuam nas cinco bacias de ônibus de Brasília e, assim, garantir a continuidade do serviço.

Estações do metrô
Na terça-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que o serviço fosse mantido com um efetivo de 30% durante a paralisação, o que corresponde a oito trens. Por motivos de segurança, no entanto, o Metrô-DF fechou todas as estações, como explica o presidente da empresa, Marcelo Dourado. "Decidimos não operar naquelas condições [com efetivo reduzido] para evitar episódios como os da greve de abril de 2014, quando houve tumulto, depredação e espera de até 30 minutos."

A partir de hoje, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros prestarão apoio nas estações mais movimentadas, até a situação ser normalizada. "Com esse reforço e o esquema especial de funcionamento, que dá prioridade aos horários de pico, podemos colocar mais trens em circulação e evitar riscos para os passageiros", afirma Dourado.
De segunda a sábado, 12 das 24 estações estarão abertas para embarque e desembarque (veja os horários na imagem abaixo). O restante, só para desembarque. Na manhã desta quinta-feira (5), 15 dos 24 trens estavam em circulação. O tempo médio de espera entre as estações Central, na Rodoviária do Plano Piloto, e Águas Claras era de 7 minutos. Nas demais, os trens passavam a cada 14 minutos.
Negociações
Os metroviários cruzaram os braços à zero hora de terça-feira (3). Na tarde de ontem, o Tribunal Regional do Trabalho realizou audiência de conciliação entre os trabalhadores e a empresa, mas não houve acordo. "O próximo passo é esperar a Justiça decidir a respeito do dissídio coletivo da greve", informa o presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado.
Entre as reivindicações da categoria, estão o reajuste salarial de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, a nomeação dos aprovados no concurso de 2013 e a exoneração de comissionados. Dourado argumenta, no entanto, que o governo está impedido de conceder aumentos e de fazer novas contratações por ter ultrapassado os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sobre a questão dos comissionados, o Metrô-DF informa que dos 1.069 funcionários, 53 são comissionados, o que está dentro do estipulado pela lei.

Fonte: Paloma Suertegaray, da Agência Brasília

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