DIretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro (Foto: Lucas
Nanini/G1)
Grileiros incentivaram reação, diz
diretora Bruna Pinheiro; 'não são moradores'. Ação no Sol Nascente teve
grupo atirando rojões; PM usou bombas de gás.
A diretora-presidente da
Agefis, Bruna Pinheiro, afirmou que o conflito ocorrido durante ação de
derrubada de casas em área invadida do Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito
Federal, não foi causado por moradores, mas por “baderneiros”. Nesta
sexta-feira (27), um grupo de pessoas quis impedir a operação e atirou
rojões e pedras contra policiais militares, que usaram bombas de gás e balas de
borracha. O Batalhão de Choque foi acionado.
“Pelas próprias imagens
vocês veem que tem os moradores e que tem um grupo de baderneiros que está ali
causando confusão, jogando pedra. E não são moradores daquela região, até pelas
roupas que estão usando. São pessoas que estão querendo causar confusão”, disse
Bruna.
A diretora afirmou que
tanto a PM quanto os outros órgãos que participaram da ação atuaram conforme o
planejamento. Segundo Bruna, a reação dos “baderneiros” foi provocada pelos
responsáveis por dividir e vender os terrenos.“O que aconteceu hoje também foi
excitado pelos próprios grileiros que invadiram a áreas.”
Durante o confronto, um
grupo de pessoas cercou um micro-ônibus, fez os passageiros descerem e jogou
pedras contra o coletivo. Eles tentaram isolar a quada onde ocorria a derrubada.
“Aquilo poderia ferir não
só os policiais, os agente do governo que estão ali, mas a própria população,
no entorno ali tinham crianças, tinham moradores, e aquelas pessoas precisavam
ser contidas”
Bruna Pinheiro
disse que as invasões ao local onde ocorre a operação começaram no início do
ano. Segundo ela, alguns moradores tinham outras casas no próprio Sol Nascente.
Nesta quinta (26), a ação
foi interrompida para atendimento do serviço social aos moradores. Segundo a
Agefis, o governo analisa casos em que é possível encaminhar as famílias para
receber benefícios como o auxílio-aluguel.
A ação de desocupação teve
início na semana passada. O espaço mede 245 mil m². Segundo a Agefis, 40 das
205 casas foram derrubadas até esta sexta-feira. A expectativa é concluir a
operação até domingo, diz a agência.
Do G1 DF
“Pelas próprias imagens vocês veem que tem os moradores e que tem um grupo de baderneiros que está ali causando confusão, jogando pedra. E não são moradores daquela região, até pelas roupas que estão usando. São pessoas que estão querendo causar confusão”, disse Bruna.