Boneco inflável do ministro Dias Toffoli é
erguido em manifestação nesta quinta-feira (26) no Distrito Federal (Foto:
Gabriel Luiz/G1)
Estrutura
custou R$ 10,5 mil e foi comprada após 'vaquinha'. Manifestantes
criticam postura de ministro do STF.
Manifestantes a favor do impeachment da
presidente Dilma Rousseff montaram nesta quinta-feira (26), em frente ao
Congressso Nacional, um boneco gigante ironizando o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. De acordo com a organização do ato, o boneco
custou R$ 10,5 mil e foi financiado com a participação de cem pessoas numa
"vaquinha".
O
protesto reuniu dez pessoas. Participantes disseram que o objetivo era
denunciar o comportamento do ministro, que segundo o grupo é
"enviesado". "Ele não tem independência. Como já foi advogado do
PT, existe claro conflito de interesse", disse a consultora Carla
Zambelli, de São Paulo.
O G1 procurou a assessoria do ministro,
mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Ele também é o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
O
protesto foi pacífico, segundo a Polícia Militar. Não houve impacto no
trânsito.
Grupo monta boneco gigante em frente ao Congresso
Nacional (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Empresária Roberta Born e colega manifestante
com
bonecos infláveis (Foto: Gabriel Luiz/G1)
'Sucesso de vendas'
A empresária Roberta Born disse ter conseguido pagar parte da passagem de Porto Alegre para Brasília vendendo bonecos à imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela relatou ter vendido 30 unidades por R$ 15 e cinco outros bonecos por R$ 10 na capital gaúcha.
A empresária Roberta Born disse ter conseguido pagar parte da passagem de Porto Alegre para Brasília vendendo bonecos à imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela relatou ter vendido 30 unidades por R$ 15 e cinco outros bonecos por R$ 10 na capital gaúcha.
"As
pessoas que não estão aqui nas manifestações encontram nesses 'pixulekos' uma
forma de participar dos protestos e também nos ajudar", disse a mulher de
33 anos, que afirmou ter comprado os bonecos em uma fábrica paulista.
Ação
de cassação de Dilma
Dias Toffoli indicou a ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura para a função de relatora da ação do PSDB que pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. O despacho foi divulgado no dia 6 de novembro.
Dias Toffoli indicou a ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura para a função de relatora da ação do PSDB que pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. O despacho foi divulgado no dia 6 de novembro.
Relatora
original do caso, Maria Thereza pediu, no início de outubro, para deixar a
condução do processo, sugerindo que o ministro Gilmar Mendes passasse a relatar
o processo. A ministra justificou a decisão pelo fato de ter sido vencida na
votação que decidiu reabrir a ação de cassação.
Em
fevereiro, Maria Thereza mandou arquivar a ação proposta pelo PSDB, mas, no
início de outubro, por cinco votos a dois, o TSE reabriu o caso a partir de um
recurso do partido comandado pelo senador Aécio Neves (MG), adversário de Dilma
na eleição do ano passado.
Na
decisão que manteve Maria Thereza à frente da relatoria do caso, Dias Toffoli
cita decisões anteriores do TSE que determinavam a continuidade do processo com
o relator original, mesmo quando ele era vencido pelo voto dos demais ministros
do TSE. Para ele, a relatoria só muda quando o relator original fica vencido no
“julgamento definitivo” do caso.
“Se
este é o procedimento adotado neste tribunal, a quebra do padrão implicaria em
ofensa aos princípios do Juiz Natural e da Isonomia, razão pela qual a
relatoria deve permanecer com a eminente Ministra Maria Thereza de Assis
Moura”, escreveu o presidente do TSE no despacho.
No
fim de outubro, a defesa de Dilma defendeu junto ao TSE a manutenção de Maria
Thereza como relatora. Na petição, os advogados da presidente sustentaram que a
tese de a relatoria passar para o primeiro ministro que divergiu do relator
original se justifica se o julgamento em questão tratar do objeto principal da
ação.
Por: Gabriel
Luiz Do G1 DF