Aumentar a arrecadação
para as cidades brasileiras foi o principal mote do debate
A legalização dos
cassinos no Brasil foi debatida nesta quarta-feira, 25, na Comissão de Turismo
da Câmara dos Deputados. O fomento do turismo, a geração de empregos e o
aumento da arrecadação de tributos foram as principais vantagens apontadas para
a legalização dos jogos. A manutenção do turista brasileiro no país e a vinda
de estrangeiros para jogar aqui foram outros benefícios discutidos durante o
debate em plenário. As sugestões levantadas na audiência pública serão
encaminhadas para a Comissão Especial do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil,
que analisa a liberação de outros jogos de azar como bingos e jogo do bicho.
O secretário
Adjunto de Turismo, Jaime Recena, ressalta a importância de debater o tema no
Congresso Nacional de forma transparente com a população. “O fato é que existem
muitos brasileiros jogando, principalmente pela internet, em sites que estão
hospedados em paraísos fiscais. A arrecadação não vem para o nosso país",
afirma. O secretário chama atenção para a necessidade da regulamentação dos
jogos porque os brasileiros movimentam bilhões que não chegam ao Brasil. “Este
dinheiro poderia ser investido na estrutura turística das cidades ou, até
mesmo, em saúde ou educação. Enfim, havendo a regulamentação, Brasília também
pode ganhar muito, desde oportunidades de emprego, conclui.
De acordo com o
presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, deputado federal
Herculano Passos (PSD-SP) a legalização dos cassinos gerará uma
arrecadação oriunda de impostos que apenas quem joga irá pagar. “Não haverá
penalidade para toda a população com a criação de mais um imposto como a CPMF,
por exemplo. A previsão é que, no primeiro ano de funcionamento, os cassinos
gerem R$ 20 bilhões de arrecadação e em 10 anos isso chegue a R$ 100 bilhões.”
“Quando você vai
para o Uruguai ou Las Vegas, o que mais vê são brasileiro jogando. Então, todo
esse dinheiro que eles estão gastando lá com passagem, hospedagem, alimentação,
shows, etc, poderia estar sendo gasto aqui”, concluiu Herculano.
O presidente da
Associação Brasileira de Resorts, Luiz Daniel Guijarro, afirmou que a
legalização dos cassinos permitiria um aumento das taxas de ocupação dos
resorts no país e dobraria o faturamento do setor. Segundo ele, mesmo com a
crise, em 2015 o segmento de resorts deverá fechar com R$ 1,8 bilhão de
receita, quase R$ 100 milhões a mais do que no ano passado. Caso os cassinos
sejam legalizados, as projeções apontam que a receita seria de R$ 2,16 bilhões.
“Existe espaço para crescimento. Se a gente considera a probabilidade de ter
cassinos, podemos dar um salto de ocupação. É um segmento que traz uma
linearidade, diferente do lazer e de eventos corporativos que são sazonais”.
Potencial econômico
O presidente da
Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, informou
que o jogo ilegal no Brasil movimenta R$18 bilhões. Para ele, o país tem um
potencial em várias cidades do interior e será benéfico para a economia se os
cassinos forem legalizados. “Só com os cassinos, o setor de turismo teria mais
400 mil postos de trabalho e ganharia mais investimentos internacionais”, prevê
Sampaio ao defender a possibilidade de cassinos nas capitais, mas ressaltando
que o foco seja a interiorização dos empreendimentos.
Para o presidente
da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, Márcio
Santiago, o Ministério do Turismo deveria ser responsável pela regulação,
fiscalização e arrecadação dos impostos relacionados aos cassinos. “O Brasil é
o 4º país que joga nos cassinos de Las Vegas. Nós saímos daqui para jogar lá
fora. São divisas que o Brasil deixa de receber”, lamentou.
Desenvolvimento dos municípios
O vice-presidente
Institucional da Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de
Turismo, Tenielson Campos, afirmou que a legalização dos cassinos no Brasil é
uma saída para levar o desenvolvimento onde não existe o turismo e que não se
restrinja apenas aos resorts. “O cliente chega do aeroporto, vai direto para o resort
e faz tudo ali. Isso não pode ficar só lá dentro, é preciso gerar oportunidade
para o empreendedor local”, defendeu.
O assessor da
presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Walter Ferreira,
acredita que os cassinos no Brasil poderão ser um atrativo para o país perante
os demais países quando não houver mais os grandes eventos em pauta. “É preciso
se preocupar com a imagem do Brasil no exterior quando não tivermos mais a
mídia espontânea (como a Copa e as Olimpíadas). Olhando experiências
internacionais, essa pode ser uma fonte de recurso para a promoção
internacional permanente. A Embratur precisa de recursos perenes para bancar
essa promoção no exterior”, salientou.
Para Ferreira,
todas as formas que buscam desenvolver o turismo no Brasil interessam ao
governo. “Nosso país fideliza: 78% das pessoas que nos visitam voltam. Com o
fim dos grandes eventos, essas podem ser as novas saídas.”
Foto/Ilustração: Blog - Google
Este senhor da Embratur tem que saber que recebemos pouco mais de cinco milhões de turistas por ano, enquanto que milhões de brasileiros, mesmo com dolar altissimo evadem bilhões em viagens para o mundo afora, incluindo-se para visitar cassinos. Somos os campeões nos paises latino americanos e o quarto que mais visita Las Vegas, ademais dos navios de cruzeiros. è impressinonate a incompetência de certos individuos> Deveriam acabar com os tais cargos comissionados. Parece que este tal senhor da EMBRATUR está rtealizando politica de reserva de mercado a favor dos cassinos internacionais.
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