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O poder da simplicidade - Dra. Lúcia Willadino Braga (Rede Sarah)

Muitos confundem, mas simplicidade não tem necessariamente a ver com facilidade. O simples, na verdade, é um conceito um tanto sofisticado. Como diria Régis, instrutor brilhante de meditação vipassana em Brasília: “É simples, mas não quer dizer que seja fácil”. A frase poderia ser o mantra da dra. Lucinha, à frente da Rede Sarah de Hospitais, que eu e meus colegas tivemos o prazer de entrevistar, como vocês puderam ver no domingo passado. Com palavras e conceitos de uma simplicidade desconcertante, ela impõe a todos uma verdade absoluta difícil de engolir diante da realidade que presenciamos dia a dia: não é tão complicado assim fazer uma saúde pública que funcione. Apenas é necessário que essa seja a maior ambição dos gestores.

O Sarah é um modelo, uma referência para o mundo. Foi moldado pela obstinação de dr. Campos da Paz e seguido por uma legião de funcionários fiéis ao mesmo propósito.Entre eles, estava a psicóloga Lúcia Willadino Braga, que herdou a missão de continuar mantendo intacto o principal legado do Sarah e ainda melhorá-lo. Tem feito isso com maestria. Uma competente e criativa cientista, uma estudiosa dedicadíssima à neurociência, que resumiu, na entrevista que nos deu, o que faz do Sarah um sucesso: dedicação exclusiva, salários dignos, gestão eficiente, respeito a todos os profissionais, independentemente da especialidade, que trabalham com base em uma só filosofia, comum a todos. Ou seja, existe um projeto e ele é executado e compartilhado por todos.

Entre as palavras simples, que receberam mais de 8 mil curtidas nas nossas redes sociais, dra. Lucinha tocou em três pontos fundamentais. Afirmou que, para se fazer uma saúde de qualidade, é preciso investir na educação. As duas coisas andam juntas. Ela está coberta de razão. O problema é que o que nos parece óbvio é um raciocínio complexo demais para quem comanda este país, seja no Executivo, seja no Congresso. Outra afirmação diz respeito à necessidade de fazer as coisas com amor e como isso é terapêutico em todos os sentidos. Em terceiro lugar, dra. Lucinha citou o fato de como ter crescido em Brasília e se formado na UnB, com mestres como Darcy Ribeiro, foram determinantes para torná-la uma grande cientista. Graças a isso, temos o privilégio e o orgulho de tê-la na nossa cidade.

Por: Ana Dubeux – Editora chefe do Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog/Google

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