Grupo de professores durante assembleia em frente ao Buriti
(Foto: Jéssica Nascimento/G1) Número equivale a 5,4% do efetivo; G1
obteve dado por Lei de Acesso. Secretário diz que só 496 servidores
estarão aptos a encerrar carreira.
Dados obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação mostram
que 1.609 professores da rede pública estarão aptos a se aposentar até o fim de
2016. O número representa 5,4% do efetivo atual, composto por 29.748
funcionários.
O levantamento aponta que, caso não
seja realizado nenhum concurso para a categoria, 11% dos professores do DF
podem se retirar – cumprindo os requisitos para pedir aposentadoria por tempo
de contribuição e idade – até o fim do mandato de Rodrigo Rollemberg, em 2018.
O
secretário de Educação do DF, Júlio Gregório, contestou o dado e afirmou que a
pasta estima que só 496 professores teriam condições de deixar a sala de aula
até o fim do ano.
"Estamos
trabalhando pra realizar um novo concurso, com contratação ainda no próximo ano
letivo, inclusive com provas de redação”
(Júlio
Gregório, secretário de Educação)
Novos
professores
Gregório informou ao G1 que um concurso para nomear novos
professores está previsto para 2016. O objetivo do certame é reduzir o cenário
de necessidade de mão de obra. “Estamos trabalhando para realizar um novo
concurso, com contratação ainda no próximo ano letivo [2016], inclusive com
provas de redação”, afirmou. “Temos que substituir os desligamentos definitivos
por pessoas concursadas.”
Gregório não informou o número de vagas que devem ser oferecidas, mas disse que
que a prova já foi autorizada pela Secretária de Gestão Administrativa.
“Quando sair o concurso,
vai dar um ‘ibope’ imenso. Recebemos verdadeiras caravanas de candidatos. Em
termos nacionais, o salário de Brasília é atrativo”, declarou. Na rede pública,
o salário-base é de R$ 4,8 mil, fora benefícios.
A diretora do Sindicato dos
Professores (Sinpro) Nilza Santos, diz que a carência no setor é “muito
grande”. “É uma questão estrutural. Tem que ter um concurso imediato e criar um
banco para se contratar todo ano. Se aposenta um, deve entrar outro.”
Nilza estima que o déficit
de professores seria resolvido parcialmente com a contratação de pelo menos 3,5
mil concursados mais a substituição imediata de servidores que se desligassem
da secretaria.
"Tem que ter um
concurso imediato e criar um banco para se contratar todo ano. Se aposenta um,
deve entrar outro”
(Nilza
Santos, diretora do Sinpro)
Atrativo
O secretário de Educação disse enxergar com “preocupação” a falta de interesse
de jovens por seguir a carreira no magistério. Para ele, a questão não será
resolvida apenas ofertando maiores salários.
“A ideia é mexer no
currículo para tornar o trabalho do professor mais atrativo e menos exaustivo”,
afirmou, mencionando também a diferença geracional que existe entre a categoria
e os alunos – segundo ele, mais “conectados”.
Na opinião de Júlio Gregório, tornar a
carreira atrativa poderia mudar a realidade do dia a dia enfrentado pelos
professores, considerado estressante. “Hoje há mais de 5 mil professores
readaptados na rede [que deixaram a sala de aula e mudaram para outra área por
motivo psicológico, como síndrome do pânico ou descompensação nervosa. É um
número bastante elevado.”
Fonte: Gabriel Luiz - Do G1 DF
"Estamos trabalhando pra realizar um novo concurso, com contratação ainda no próximo ano letivo, inclusive com provas de redação”
Novos professores
Gregório informou ao G1 que um concurso para nomear novos professores está previsto para 2016. O objetivo do certame é reduzir o cenário de necessidade de mão de obra. “Estamos trabalhando para realizar um novo concurso, com contratação ainda no próximo ano letivo [2016], inclusive com provas de redação”, afirmou. “Temos que substituir os desligamentos definitivos por pessoas concursadas.”
Gregório não informou o número de vagas que devem ser oferecidas, mas disse que que a prova já foi autorizada pela Secretária de Gestão Administrativa.
O secretário de Educação disse enxergar com “preocupação” a falta de interesse de jovens por seguir a carreira no magistério. Para ele, a questão não será resolvida apenas ofertando maiores salários.