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Itamaraty, Itamaraty - (... sua decadência e perda de credibilidade perante o mundo.)

Chega a ser espantosa a capacidade que este governo tem em produzir diariamente fatos negativos contra si. A máquina de desastres do Executivo obedece a uma lógica irracional presente desde a posse para o primeiro governo Lula e continua trabalhando a todo o vapor até hoje. Para a imprensa, eleita a inimiga da hora, a fabricação do governo de factoides, como comunicar às embaixadas de que o Brasil sofre um golpe, ajuda a encher as manchetes e os noticiários. Para a população, trata-se de uma calamidade que lança o país, cada vez mais, no gueto do subdesenvolvimento permanente. Basta ver o estrago causado pelo propinoduto.

Desta vez, o tiro no pé, como se ainda existissem pés a serem atingidos, vem do Itamaraty. Não bastassem as seguidas humilhações impostas por este governo à Casa de Ruy Barbosa, transformada em anexo do Partido dos Trabalhadores para assuntos internacionais, a Secretaria de Relações Exteriores do ministério (Sere), por meio do ministro Milton Rondó Filho, antigo assessor do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e ardente militante petista, resolveu enviar às embaixadas brasileiras no exterior uma mensagem em que alerta para o risco de um golpe político no Brasil.

Na mensagem lunática, o ministro pediu que cada posto designasse um diplomata para dialogar com organizações da sociedade civil local, esclarecendo o que vem ocorrendo por aqui e pedindo adesão. “Nós”, diz a mensagem, “os movimentos sindicais, sociais e populares do Brasil, componentes do Grupo Facilitador do Foro de Participação Cidadã da Unasul e do Mercosul denunciamos o processo reacionário que está em curso em nosso país contra o Estado Democrático de Direito. Não ao Golpe. Nossa luta continua. Abong — Organização em Defesa dos Direitos e Bens Comuns.”

Para quem entende dos meandros do Itamaraty, principalmente sob este governo, não tem dúvidas de que o ministro Rondó agiu por determinação e cobertura superior, dado a gravidade do conteúdo desse documento. Enquanto não se esclarecem, devidamente, esses fatos, ficam aqui mais uma prova, entre muitas, do engajamento político-partidário dessa outrora importante instituição e uma evidência a mais de sua decadência e perda de credibilidade perante o mundo.

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A frase que não foi pronunciada
“Há uma hermenêutica entre nós.”
(Diálogo entre o subconsciente dos juízes Moro e Zavascki)


Por: Circe Cunha - Coluna "Visto, lido e ouvido" - Ari Cunha - Correio Braziliense - Foto/Ilustração: Blog - Google

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