Este é momento delicado. Em nenhuma ocasião da
história recente, o Brasil atravessou situação tão crítica. A crise econômica,
aliada à crise política, incendeia os ânimos. Com um dos mais baixos índices de
aceitação da era pós-regime militar, a presidente da República parece incapaz
de dar respostas aptas a ampliar a base de apoio, aprovar projetos e restaurar
a credibilidade necessária à retomada do crescimento.
Sucessivas denúncias originadas na Operação Lava-Jato jogaram lama sobre o governo, o Congresso e empresas que mantêm negócios com o Estado. Trouxeram à tona megaesquema de corrupção — talvez o maior da história do país — comandado por políticos da base governista. Pior: a gatunagem atingiu o coração da Patrobras, estatal cuja trajetória se identifica com a nacionalidade.
Recentemente, graças à delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a áudio com diálogo do ministro Aloizio Mercadante, a investigação comandada pelo Ministério Público e a Polícia Federal subiu a rampa do Planalto. Dilma Rousseff piorou o quadro. Com a escolha de Lula para comandar a Casa Civil, levou o lodo para o gabinete presidencial. A divulgação de diálogo que deu a impressão de trama para dar salvo-conduto ao ex-presidente elevou a temperatura já elevada.
O enredo que se seguiu faria inveja a Odorico Paraguaçu. O Diário Oficial circulou em edição extraordinária. Lula tomou posse. A presidente fez discurso inflamado que não se dirigiu à nação, mas aos petistas presentes. Minutos depois, liminar de juiz federal suspendeu os efeitos da posse. A Câmara dos Deputados aprovou a instalação da comissão especial de impeachment contra Dilma Rousseff.
É unânime a convicção de que, sem apaziguar a política, a economia manterá o ritmo de degradação. Medidas eleitoreiras tiraram a atividade produtiva dos trilhos e jogaram a nação em crise cujo fim não se vislumbra no horizonte. A inflação corrói o poder aquisitivo do trabalhador. A taxa de desemprego bateu em 9% no último trimestre de 2015. A renda despenca. Os serviços públicos não cumprem o papel para os quais foram criados.
Multidões vão às ruas pedir a renúncia da presidente. A Federação das Indústrias de São Paulo comprou espaço nos principais jornais com a mesma exigência. O momento é grave. Não há mais espaço para trapalhadas ou aventuras. A faixa de manobra se reduz. Em tempos de ânimos acirrados, o Brasil precisa se guiar pela civilidade — o respeito à lei e à democracia. Fugir desses pilares tem nome. É barbárie.
Sucessivas denúncias originadas na Operação Lava-Jato jogaram lama sobre o governo, o Congresso e empresas que mantêm negócios com o Estado. Trouxeram à tona megaesquema de corrupção — talvez o maior da história do país — comandado por políticos da base governista. Pior: a gatunagem atingiu o coração da Patrobras, estatal cuja trajetória se identifica com a nacionalidade.
Recentemente, graças à delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a áudio com diálogo do ministro Aloizio Mercadante, a investigação comandada pelo Ministério Público e a Polícia Federal subiu a rampa do Planalto. Dilma Rousseff piorou o quadro. Com a escolha de Lula para comandar a Casa Civil, levou o lodo para o gabinete presidencial. A divulgação de diálogo que deu a impressão de trama para dar salvo-conduto ao ex-presidente elevou a temperatura já elevada.
O enredo que se seguiu faria inveja a Odorico Paraguaçu. O Diário Oficial circulou em edição extraordinária. Lula tomou posse. A presidente fez discurso inflamado que não se dirigiu à nação, mas aos petistas presentes. Minutos depois, liminar de juiz federal suspendeu os efeitos da posse. A Câmara dos Deputados aprovou a instalação da comissão especial de impeachment contra Dilma Rousseff.
É unânime a convicção de que, sem apaziguar a política, a economia manterá o ritmo de degradação. Medidas eleitoreiras tiraram a atividade produtiva dos trilhos e jogaram a nação em crise cujo fim não se vislumbra no horizonte. A inflação corrói o poder aquisitivo do trabalhador. A taxa de desemprego bateu em 9% no último trimestre de 2015. A renda despenca. Os serviços públicos não cumprem o papel para os quais foram criados.
Multidões vão às ruas pedir a renúncia da presidente. A Federação das Indústrias de São Paulo comprou espaço nos principais jornais com a mesma exigência. O momento é grave. Não há mais espaço para trapalhadas ou aventuras. A faixa de manobra se reduz. Em tempos de ânimos acirrados, o Brasil precisa se guiar pela civilidade — o respeito à lei e à democracia. Fugir desses pilares tem nome. É barbárie.
Fonte: “Visão” do Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google