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Alunos da rede pública vivenciam história de Brasília em monumentos da cidade

Ação faz parte da programação do aniversário de Brasília e segue até sexta-feira (22). 

Alunos do Centro de Ensino Fundamental 312, em Samambaia Sul, tiveram, nesta terça-feira (19), uma manhã especial. Como parte da programação das celebrações pelo aniversário da cidade, comemorado nesta quinta-feira (21), a ação Brasília 56 anos – Educação Patrimonial e Turismo, parceria entre as secretarias de Esporte, Turismo e Lazer e Educação, levou estudantes do ensino integral e especial da unidade aos principais monumentos da capital.

O passeio cívico patrimonial começou pelo modelo de Unidade Vizinhança, na 308 Sul, idealizado pelo urbanista Lucio Costa. No local, 29 estudantes conheceram a Igrejinha e sua história, além dos exemplos de uma superquadra original e de escola parque. “Muito interessante eles saberem, na prática, os conhecimentos da sala de aula”, diz a coordenadora do ensino integral da escola de Samambaia Sul, Rivania de Araújo Resende.

A iniciativa promove a inserção social envolvendo atividades de cultura e cidadania. A ação se estende até sexta-feira (22), nos períodos matutino e vespertino, com escolas públicas diferentes.

De lá, todos partiram para o próximo monumento: a Catedral Metropolitana de Brasília. No interior da igreja, uma nova descoberta para os estudantes especiais. Levi Torres, de 30 anos, surdo desde o nascimento, se surpreendeu ao encostar o ouvido no mármore porque, pela primeira vez, tinha a sensação de escutar um sonido.

O episódio se deve à vibração acústica das paredes. “Com essa descoberta vai ser difícil tirar ele daqui. Isso vai ser assunto para conversarmos o ano inteiro em sala de aula”, ressalta a coordenadora de estudantes especiais do CEF 312, Andrea Mônica de Freitas. Para não perder nenhum detalhe das explicações dos guias turísticos, um professor de libras acompanhava Levi Torres.

Após parada estratégica para o lanche, o grupo seguiu para o Panteão da Pátria Tancredo Neves, o Centro de Atendimento ao Turista, na Casa de Chá, o Espaço Lucio Costa e finalizou o trajeto no Museu da Cidade. “O que eu mais gostei de tudo foi do Espaço Lucio Costa. Lá, a gente consegue ter uma visão da cidade inteira”, diz Clara Santos, de 12 anos. A menina trocava impressões, a todo o momento, com as amigas em cada parada.

Outro aluno que se divertiu com as vibrações acústicas da Catedral foi Thrieis Louis França, de 29 anos. Acompanhado da mãe, a autônoma Lelia Maria França dos Santos, 58 anos, o rapaz interagia com colegas de classe. “Cada passo é uma evolução. Comigo em casa, ele conversa mais. Mas hoje está bem social”, comemorava.

Seu filho, diagnosticado com autismo aos 10 anos, mostrava interesse na apresentação dos guias turísticos. “Ele está adorando tudo isso. Essas ações são muito importantes para o desenvolvimento dele”, completa. O jovem nada, duas vezes na semana, no Centro Olímpico de Samambaia, além de tocar, aos fins de semana, saxofone e violão.





Foto: Lula Lopes/secretaria de Esporte, Turismo e Lazer

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