O
trajeto em Brasília foi divulgado na manhã desta terça-feira (19) pelo
governador Rodrigo Rollemberg e pela secretária do Esporte, Turismo e Lazer,
Leila Barros
"Brasília
começará o revezamento nacional em 3 de maio. Com 105 quilômetros, percurso
sairá do Palácio do Planalto e será encerrado com celebração na Esplanada dos
Ministérios"
Cinco regiões
administrativas e mais de 15 pontos turísticos de Brasília vão receber a tocha
olímpica durante o revezamento do símbolo da Olimpíada. A cidade é responsável
por iniciar o percurso nacional em 3 de maio, a 100 dias do início da disputa.
Depois, o objeto passará por todos os estados do País e 328 municípios até
chegar à sede da competição, no Rio de Janeiro. O trajeto em solo candango foi
divulgado na manhã desta terça-feira (19) pelo governador Rodrigo Rollemberg e
pela secretária do Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros. A pasta organiza o
revezamento com o apoio de 27 órgãos.
"As pessoas
terão a oportunidade de conhecer lugares lindos. Não vamos esgotar tudo o que
temos de belo, mas é uma oportunidade para que turistas do mundo todo tenham vontade
de conhecer nossa cidade", avaliou Rollemberg logo após o anúncio. Ele
será responsável por recepcionar a chama olímpica na chegada ao Distrito
Federal.
Segundo Leila, para
planejar a rota foram consideradas desde as características de Brasília até as
exigências dos organizadores dos jogos. "Levamos em conta o tempo do
revezamento, com previsão de início às 10h30 e término às 20h30, e o
compromisso de colocar o máximo de pontos turísticos da cidade. Também pensamos
no acesso da população a esse momento histórico", resumiu.
Todo o trajeto somará
105 quilômetros, incluindo deslocamentos por carro. Desses, 40 serão de
revezamento, feito da maneira tradicional, a pé, ou por meios alternativos:
bicicleta, rapel, embarcações e até a nado.
"Queremos
mostrar esse lado de Brasília, que tem pessoas apaixonadas por esporte e
praticantes de diversas modalidades. O Lago Paranoá, por exemplo, é simbólico,
por ser um lugar com muita prática esportiva", afirmou a secretária, que
ressaltou também o fato de o roteiro prestigiar o esporte paraolímpico, com a
presença de pessoas com deficiência entre os condutores.
Destacando que as
forças de segurança estão preparadas, o governador falou sobre o impacto da
Olimpíada diante do cenário nacional. "Sabemos da capacidade de união que
o esporte tem, e acredito que, com a vinda do evento, o País pode se
unificar."
Clique : Veja o percurso - http://agenciabrasilia.df.gov.br/images/agencia_brasilia/2016/Abril/mapa-tocha-olimpica.pdf
Revezamento
O percurso começará na rampa do
Palácio do Planalto, após cerimônia, por volta das 10h30. De lá, a tocha será
levada ao Congresso Nacional por uma das 143 pessoas escolhidas para carregá-la
em Brasília — os nomes dos condutores serão divulgados na semana que vem. Ela
subirá pela lateral na plataforma das cúpulas do Senado e da Câmara e descerá a
rampa em direção ao gramado do canteiro central da Esplanada dos Ministérios.
O fogo olímpico
seguirá pelo Eixo Monumental na N1 até a altura da Catedral Metropolitana Nossa
Senhora Aparecida. Depois será conduzido, pela Via S1, à rampa do Palácio do
Itamaraty e à Praça dos Três Poderes. Após breve parada no local, o caminho
para a Ponte JK, no Lago Sul, será em carro com suporte de comboio.
Da ponte, a tocha
chegará às águas do Lago Paranoá por rapel pouco antes do meio-dia. O condutor
da vez fará a descida vertical e saltará em uma lancha. A embarcação vai rumo
ao Pontão do Lago Sul. Antes de retomar o percurso em terra firme, haverá uma troca
de meio de transporte: da lancha para uma canoa havaiana. No Pontão, uma pessoa
correrá com a chama pela orla.
Mané Garrincha
Depois, o fogo olímpico chegará —
conduzido por comboio — ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, palco
dos dez jogos de futebol agendados para Brasília. Uma pessoa fará rapel para
acessar a arena com a ajuda de um helicóptero e a descida ao gramado será feita
pela cúpula do estádio. No local, ocorrerá um evento com tempo estimado de 10
minutos.
O revezamento passará
para o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, ao lado do Mané Garrincha. Um
nadador atravessará a piscina com a tocha. De lá, o objeto será levado, por
carro, ao Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral.
Além do Plano Piloto, o fogo olímpico passará pelo Lago Sul, pelo SIA,
por Taguatinga e pelo Riacho Fundo I.
Na unidade de
conservação, a partir das 13 horas, carregarão a chama um nadador, um
cadeirante e uma criança, todos dentro da Piscina Velha, e outro condutor a
transportará por um trecho de uma das trilhas do parque.
Fora do Plano
O Setor de Indústria e
Abastecimento receberá o símbolo da Olimpíada por volta das 14 horas. Após uma
parada de 15 minutos para ação da concessionária Nissan, marca oficial do
evento, o trajeto será a pé entre os Trechos 1 e 2. Depois, a tocha vai ser
levada de comboio a Taguatinga.
No fim da EPTG e no
início da primeira quadra da Avenida Central da região — em frente ao comércio
local —, será retomado o percurso a pé. A estimativa é que essa ação seja
iniciada às 14h40.
O desfile se
estenderá por cerca de 500 metros até a altura da Praça do Relógio, quando muda
para a Avenida Comercial Sul. Ao fim dela, os condutores vão por longo trecho
de área residencial, andando a Samdu Sul e entrando na QSE 14. De lá, passam
pela QSF 16 e outras quadras em direção à Praça da Vila Dimas e ao Sesc de
Taguatinga Sul. Desse último ponto, percorrerão pouco mais de 1 quilômetro em
ruas internas até parada na fábrica da Coca-Cola, também patrocinadora oficial
dos Jogos do Rio 2016.
Centro Olímpico
Por volta das 16 horas, o
revezamento vai seguir, em comboio, para o Riacho Fundo I. A primeira parada na
região será no Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar do Distrito
Federal. A ação começará com um cadeirante e continuará com um cavaleiro, um
aluno de ecoterapia e uma amazona.
De lá, o comboio
transportará a chama olímpica por cerca de 1,5 quilômetro até a entrada da
Avenida Central. Nesse ponto, os condutores a levarão passando pela Biblioteca
Pública e entrando na CLS 4, no segundo balão da pista principal. Antes de
alcançar o Fórum do Tribunal de Justiça do DF e Territórios da região, o
caminho se desviará por conjuntos internos entre a QS 2 e a QS 4 e contornará a
quadra em direção ao centro olímpico e paraolímpico.
A previsão é que a
tocha chegue ao espaço esportivo do governo de Brasília às 16h50. Depois, o
símbolo dos Jogos retornará ao Plano Piloto.
A rota até a Via L2
Sul, com transporte por comboio, se dará pelas Estradas Parques Núcleo
Bandeirante, Indústria e Abastecimento Sul e Guará. Na L4 Sul, os veículos
farão retorno após a Vila Telebrasília.
Igrejinha
O revezamento a pé vai ser
reiniciado na altura da L2, em frente à 616 Sul, em direção à Rodoviária do
Plano Piloto. Seguirá pela via até entrar na comercial da 406/407 Sul, pouco
antes das 18 horas. Então, subirá pelos comércios das quadras 208/207 Sul e
108/107 Sul, e fará uma pausa para ato na Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Conhecido como
Igrejinha, o templo foi o primeiro em alvenaria a ser construído na capital
federal, em 1958. Foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, assim como
muitos dos monumentos por onde a tocha passará.
O objeto voltará a
ser conduzido pela comercial no sentido Eixão. O trajeto vai subir a tesourinha
que dá acesso ao Eixinho Leste, sentido área central, e mudar novamente para
comboio na altura da 204 Sul.
Os veículos passarão
pelo Setor Bancário Sul. O caminho voltará a ser feito a pé próximo à antiga
sede do Touring Club do Brasil, de onde seguirá até a lateral do Teatro
Nacional e fará o retorno, percorrendo a via em frente ao Congresso Nacional, à
plataforma superior da Rodoviária, ao Conic e à Estação Galeria rumo ao Setor
Comercial Sul. Nesse ponto, por volta das 19 horas, haverá ação na agência
bancária do Bradesco (patrocinador), na Quadra 2.
Esplanada
Antes de partir para o último
trecho do revezamento, a tocha será levada de carro até a pista do Parque da
Cidade, perto do Ana Lídia. Um condutor correrá com ela pelo local até a
Entrada 5, ponto em que o comboio reassumirá e transportará o objeto até o Memorial
JK e o Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental. O símbolo olímpico
retornará às mãos de um corredor que passa pelos dois memoriais e entra no
segundo.
O percurso final será
quase todo feito a pé. Do museu indígena, um ciclista levará a chama pública
até a área em frente à Torre de TV e a passará para um condutor a pé, que
rodeará a fonte. Outro partirá então para o gramado central da Esplanada dos
Ministérios, nas proximidades da Biblioteca Nacional de Brasília, local em que
a tocha será repassada ao último condutor, por volta das 20h20, que a entregará
em palco montado para celebração, com programação a ser divulgada
posteriormente.
Amanda
Martimon, da Agência Brasília - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília