Em cerimônia ontem no Buriti,
Rollemberg expôs como funcionará a eleição dos administradores regionais
Brasiliense terá um mês para
participar de consulta pública sobre o texto que define a escolha popular dos
administradores e vai para aprovação dos distritais. Os líderes comunitários
terão papel fundamental no processo
Um projeto para instituir a
eleição direta para administradores regionais estará disponível para consulta
pública na internet, na próxima segunda-feira. Ontem, o governador do Distrito
Federal, Rodrigo Rollemberg, apresentou a proposta, que dispõe sobre a participação
popular no processo de escolha dos administradores e a constituição dos
Conselhos de Representantes Comunitários das Regiões Administrativas do DF. O
texto propõe voto facultativo e eleição a cada quatro anos. O mandato dos
gestores deverá coincidir com o do governador.
De acordo com o GDF, a consulta ficará disponível na rede por 30 dias.
“Queremos saber as sugestões de lideranças e de todos os interessados para que
possamos construir o melhor formato que será encaminhado à Câmara Legislativa para
aprovação”, afirmou Rollemberg. Entre os requisitos para concorrer ao cargo de
administrador regional estão: ter domicílio eleitoral na respectiva região
administrativa há pelo menos um ano; estar quite com as obrigações militares e
eleitorais; ter no mínimo 18 anos de idade; não ter dívidas com o governo; não
ter contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas; não ter sido demitido
de cargo público; estar apto fisicamente e mentalmente. O candidato também
precisa ter filiação partidária.
“A nossa proposta é que a pessoa que assuma o cargo seja escolhida pela
população em eleição direta. O pleito ocorre com a escolha de governador,
senador e deputados federal e distrital”, explicou Rollemberg. “Estamos
propondo também a criação do Conselho de Representantes Comunitários, que vai
interagir com as administrações regionais no sentido de propor políticas para
fiscalizar e contribuir na elaboração do orçamento, ampliando os instrumentos
de participação popular na gestão das RAs”, acrescentou. Se o projeto for
aprovado, os administradores terão suplentes — candidatos votados e não eleitos
na respectiva região administrativa, na ordem decrescente de votos que
obtiverem — e poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta dos
membros da Câmara Legislativa, mediante processo iniciado pelo Executivo. Em
caso de vacância do cargo, assume o candidato mais votado que não foi eleito.
Comunidade
Os conselhos comunitários fiscalizarão a atuação
dos gestores. A ideia é que cada administração tenha os seus representantes,
que serão responsáveis por subsidiar o planejamento regional e colaborar para o
plano de prioridades para intervenção do Poder Executivo, além de propor e de
fiscalizar obras e serviços. Terão, ainda, a missão de promover e organizar a
participação da comunidade, e elaborar, em parceria com o corpo técnico das
administrações, relatório informando os programas em andamento, a execução
orçamentária, as compras, as obras e os serviços.
Os conselhos terão entre nove e 19 membros, de acordo com a
administração. As que terão maior número são Ceilândia, Taguatinga e Plano
Piloto. Águas Claras, Gama, Guará, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e
Santa Maria terão 15. As demais contarão com nove. Os membros serão indicados
por entidades da sociedade civil. O cargo não será remunerado e terá mandato de
dois anos, podendo ser reeleito uma vez. Para obter o credenciamento, a
instituição deverá ter sede na respectiva região administrativa há pelo menos
três anos e estar registrada como entidade sem fins lucrativos. O presidente da
Associação Nacional dos Líderes Comunitários do Brasil (Analc), Ilço Firmino
Neto, disse que os líderes comunitários querem ajudar o governo no que for
preciso. “Precisamos mostrar que existimos e somos respeitados pelas nossas
comunidades. Quando for para errar ou acertar, fazemos tudo juntos.”
Fonte: Nathália Cardim – Foto:
Gustavo Moreno/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
Precisa ter filiação partidária? está cheirando MARACUTÁIA.
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