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Celebração na Esplanada fecha o revezamento do fogo olímpico em Brasília

Às 22h46, cerca de 16 horas depois de desembarcar em Brasília e de passar em 24 pontos do Distrito Federal, por cinco regiões administrativas, a tocha olímpica foi acesa no ponto final do revezamento na capital do País; na Esplanada dos Ministérios, o símbolo chegou pelas mãos da medalhista olímpica Leila Barros, secretária do Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal; diante de 4 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, a atleta brasiliense colocou o fogo em uma pira; "A emoção foi muito grande, vamos aproveitar cada minuto desses Jogos", convidou a ganhadora de bronzes em Atlanta (1996) e em Sydney (2000) pela seleção brasileira de vôlei

Às 22h46, cerca de 16 horas depois de desembarcar em Brasília e de passar em 24 pontos do Distrito Federal, por cinco regiões administrativas, a tocha olímpica foi acesa no ponto final do revezamento na capital do País. Na Esplanada dos Ministérios, o símbolo chegou pelas mãos da medalhista olímpica Leila Barros, secretária do Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal.

Diante de 4 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, a atleta brasiliense colocou o fogo em uma pira. "A emoção foi muito grande, vamos aproveitar cada minuto desses Jogos", convidou a ganhadora de bronzes em Atlanta (1996) e em Sydney (2000) pela seleção brasileira de vôlei. A chegada da chama encerrou evento do Comitê dos Jogos Rio 2016.
Estiveram no ato solene o governador Rodrigo Rollemberg, a colaboradora do Executivo local Márcia Rollemberg, a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo, o secretário de Cultura, Guilherme Reis, e os secretários-adjuntos de Relações Institucionais e Sociais, da Casa Civil, Igor Tokarski, e do Turismo, da pasta do Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena. Também participaram o coordenador do Comitê Executivo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Ministério da Cultura, Adriano de Angelis, o secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein, representando o ministro do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves, o secretário-executivo de Comunicação Social da Presidência da República, Olavo Noleto, e a cantora Daniela Mercury.
União e paz
Antes de a tocha chegar à Esplanada, representantes de diversas religiões e autoridades reuniram-se para o Ato pela Paz Mundial. Na abertura, a cantora indígena Djuena Tikuna entoou o Hino Nacional brasileiro na língua tikuna. A solenidade foi aberta pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, que definiu o evento como único. "Hoje Brasília deu show", resumiu. Pediu paz, que os brasilienses tenham tolerância e celebrem a diversidade, e convidou o ex-atleta olímpico Joaquim Cruz para subir ao palco. "O esporte une as pessoas e promove a paz. Vamos torcer pelo Brasil", disse o medalhista nascido em Taguatinga.
A pacifista Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, viúva de Nelson Mandela e ex-ministra de Moçambique, comandou a cerimônia. Dirigindo-se aos presentes, destacou que o mundo está de olho no Brasil neste momento. "O que pulsa nos corações da população de Brasília é a chama da paz, aquele estado de espírito que daqui será ofertado para o resto do mundo", discursou. "Junto minhas mãos e meu coração aos brasileiros dessa cidade de paz, para que esse sentimento permaneça e prevaleça", concluiu.

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O governador Rodrigo Rollemberg leu mensagem enviada pelo papa Francisco especialmente para a data. "Que este símbolo possa renovar a esperança de todos e que nos lembre que somos todos um", dizia o texto do pontífice. O chefe do Executivo local acrescentou que o sentimento na cidade desde que o símbolo chegou é de solidariedade e de boas energias. "Estou absolutamente impressionado com a energia poderosa que emana dessa tocha olímpica, da mobilização da população, da esperança que vi nas pessoas de quererem construir uma cidade, um país, um mundo melhor com o esporte."
"Esse ato ecumênico é um pedido de paz. Todos os terreiros, igrejas, mesquitas ou quaisquer outros templos são dedos apontados para cima", disse o presidente da Universidade Internacional da Paz, Roberto Crema. Todos os líderes religiosos deixaram uma breve mensagem em nome de cada crença.
Amizade
Para a arquiteta Marli Lima da Cunha e a servidora pública Lânia Silva, a união foi além do simbolismo da tocha. Acompanhando o percurso de revezamento desde o início da manhã, no Palácio do Planalto, elas se conheceram durante o ato pela paz e curtiram juntas os shows de encerramento do trajeto. "Almoçamos juntas, tiramos muitas fotos e certamente continuaremos a manter contato depois", disse Marli, que assistirá aos Jogos de perto em agosto, no Rio de Janeiro. As amigas recentes passaram pelo Palácio do Planalto e pelo Mané Garrincha para ver os atos. "Acho o evento importantíssimo para influenciar os jovens às práticas esportivas e à competição saudável", reforçou a arquiteta.

Entre outras autoridades, também participaram da cerimônia a colaboradora do governo Márcia Rollemberg, a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, os secretários-adjuntos do Turismo, da pasta do Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena, da Cultura, Nanan Catalão, de Relações Institucionais e Sociais, da Casa Civil, Igor Tokarski; o secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein, representando o ministro do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves; o embaixador de Moçambique, Manuel Tomás Lubisse.
Pelos representantes de religiões estavam o pároco da Catedral, padre João Firmino; Railda Rocha Pitta, da Federação Nacional do Culto Afrobrasileiro; a secretária-executiva do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, pastora Romi Benck; a pastora Waldicéia de Moraes Teixeira da Silva, do Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal; Maha Abdel Aziz, do Centro Islâmico de Brasília; representantes do judaísmo, Humberto Baruch Filho; do budismo, monge Shoyo Sato; do hinduísmo, Maria do Amparo Bento; dos povos indígenas, pagé Kami; e Mãe Baiana, do terreiro de candomblé Axé Oyá Bagan.
O evento foi organizado pelas Secretarias do Esporte, Turismo e Lazer, da Cultura e da Segurança Pública e da Paz Social.
Shows
A festa de celebração da tocha olímpica na capital federal começou às 16 horas, quando o fogo ainda percorria o trajeto de revezamento. No gramado central da Esplanada dos Ministérios, na altura da Biblioteca Nacional, foram montados palco, feira de artesanato e praça de alimentação, com expositores escolhidos por seleção pública da Secretaria do Esporte.

No gramado, Zé do Pife e as Juvelinas, Zé Regino, Mamulengo Presepada, Boi do Seu Teodoro abriram os shows, seguidos pela Escola de Samba da Aruc, acompanhada pelas cantoras Renata Jambeiro e Dhi Ribeiro, com participação especial da Associação Cultural Namastê. O grupo também se apresentou com a brasiliense de Ceilândia Ellen Oléria, que deu sequência às festividades por volta das 17 horas.
No repertório de Ellen estavam clássicos de Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Dorival Caymmi, Gal Costa e de outros ícones da música popular brasileira. Para a artista, o local do evento não poderia ser mais apropriado. "A Esplanada é um espaço contraditório, que precisamos ocupar com boas vibrações e celebrações de paz."
Por volta das 19h30, o carioca Diogo Nogueira subiu ao palco. Depois, a baiana Daniela Mercury, responsável pelo último show da noite, antes de se apresentar, disse que chorou durante o dia com o simbolismo da chama olímpica no Brasil. "É uma luz em nossos corações, vamos mostrar o Brasil de corpo e alma, esporte e arte", declarou. Para ela, o evento foi uma forma de trazer um pouco da diversidade cultural do País ao público.
Reta final
Depois de passar por Taguatinga e pelo Riacho Fundo I, o trajeto voltou para o Plano Piloto. No percurso, muita gente aguardava a passagem dos condutores com o símbolo dos jogos mundiais. Às 20h20, vindo da L2 Sul, chegou à Igreja Nossa Senhora de Fátima, a Igrejinha, na 307/8 Sul, sob aplausos e gritos de saudação do público estimado em 1,2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e cercada por um cordão humano formado por escoteiros.

O pároco Júnio César Rosa considerou o momento histórico na cidade por reunir duas celebrações importantes. "É uma confraternização que mistura a parte religiosa e a esportiva, e as duas caminham juntas em busca do bem-estar da humanidade", disse o frei, referindo-se à festa em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, que começou no domingo (1º) e segue até 13 de maio.
Na 406 Sul, o estudante Pedro da Vitória, de 19 anos, levou a família, que mora na 404 Sul, para ver a tocha passar. Contou que convenceu a todos — mãe, irmã e outros três parentes. "É algo histórico. E acho muito bom que não fique só no Rio", falou Pedro. Ele estava acompanhado da mãe Lucildes da Vitória, autônoma de 45 anos, e da irmã Julia da Vitória, de 13 anos.
Em seguida, os condutores percorreram o Eixinho, da 207 até a 204 Sul. Pessoas que esperavam pela passagem do fogo aceso ainda na Grécia correram com os participantes do revezamento acenando com bandeiras e celebrando a chegada do símbolo olímpico.
Da Asa Sul, o tour seguiu para a Rodoviária do Plano Piloto, o Setor Comercial Sul, o Parque da Cidade, a Torre de TV, os Memoriais dos Povos Indígenas e JK, no Eixo Monumental, e desceu para o encerramento na Esplanada.


Por: Amanda Martimon, Gabriela Moll, Guilherme Pera, Mariana Damaceno e Saulo Araújo

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