Renan acaba de inventar a votação
nominal eletrônica
(Fernando Rodrigues
Portal UOL)
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A votação do processo de impeachment de
Dilma Rousseff, marcada para o próximo dia 11 de maio (quarta-feira), ocorrerá
com todos os 81 senadores apertando o botão praticamente ao mesmo tempo para
decidir se a presidente será ou não afastada. Se depender do presidente do
Senado, Renan Calheiros, não haverá a repetição do sistema de chamada nominal,
adotado na Câmara dos Deputados, com cada congressista indo ao microfone para
dar o seu voto e, na maioria dos casos, fazendo um discurso em homenagem à
família, aos amigos e aos eleitores.Essa decisão ainda pode ser contestada.
Caso prevaleça, a votação por meio do
painel eletrônico não tornará necessariamente o procedimento rápido. Antes dos
apertos dos botões, cada senador terá direito de se inscrever para falar por 15
minutos. Assim, se 60 dos 81 senadores usarem esse direito, serão 900 minutos –
ou seja, 15 horas, sem considerar as interrupções e discussões sobre os
procedimentos.
Depois de todos os senadores inscritos
falarem, os líderes partidários ainda poderão encaminhar a votação de suas
bancadas, dizendo se são a favor, contra ou se liberam o voto. A expectativa é
que o final da sessão se dê na madrugada do dia 12, uma quinta-feira.
AFASTAMENTO DE DILMA
No caso de aprovação da admissibilidade
do impeachment, como a sessão provavelmente se estenderá até a madrugada, a
data mais provável para a saída da presidente será mesmo o dia 12 de maio, a
quinta-feira da semana que vem.
A notificação a Dilma detalhará o
resultado da votação do Senado. Se a decisão for a favor do processo, Dilma
será comunicada oficialmente sobre o período de até 180 dias de afastamento.
Terá de assinar a intimação e, se estiver na sede do governo, vai deixar o
Planalto imediatamente.
A presidente pode tornar as coisas mais
fáceis e menos constrangedoras se receber o documento no Alvorada – mas tudo
indica, segundo a petista tem dito a assessores, que ela vai receber a
notificação no Planalto.
NO ALVORADA
Afastada, Dilma ainda
será presidente, mas não poderá cumprir suas funções. Já se sabe que ela poderá usar o Alvorada como residência durante o período
de afastamento e até o julgamento final pelo Senado. Mas todos os direitos da
presidente estarão detalhados no documento de notificação do impeachment.
Como Dilma estará afastada da função e
sem poderes administrativos, Renan Calheiros espera pactuar todos os detalhes
do período de afastamento com Michel Temer, que assumirá o cargo no caso de ser
admitido o processo.
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