Marcos Dantas, Futuro secretário de Cidades
A sua nomeação para a Secretaria de Cidades deve
ocorrer nesta semana. Qual é a intenção do governador Rodrigo Rollemberg com
essa medida?
O governador está criando uma estrutura de ação. A
sociedade não pode mais esperar pela realização de soluções para os nossos
problemas. Precisa de uma solução rápida. Estávamos muito focados na herança
que tivemos, sem descuidar da atenção à população, mas essa Secretaria tem como
objetivo coordenar todas as ações das administrações regionais, funcionar como
uma prefeitura, uma zeladoria, para dar uma resposta mais rápida e eficiente na
ponta.
Alguma região administrativa precisa de atenção
mais especial, uma prioridade nas ações do governo?
Temos conversado com os administradores, mas, a
partir da posse, vamos intensificar as reuniões para um diagnóstico mais
preciso. O nosso plano de ação é tocar obras, resolver os problemas, coordenar
ações com os diversos órgãos, como Ceb, Novacap, SLU, Caesb… Quero ser uma
linha de transmissão entre as administrações regionais e as instâncias de
execuções, especialmente nos momentos emergenciais.
Há meses o governador anunciou que criaria a
Secretaria de Cidades, mas apenas agora sairá a sua nomeação. Por que essa
demora em escolher alguém?
A conjuntura que atravessamos atrasou um pouco
esses planos. Mas a criação da Secretaria chega num bom momento. Estamos
chegando para dar respostas rápidas.
Seu papel será também um diálogo com os moradores?
Sempre é importante envolver a população e melhorar
a gestão com base nessas demandas. Precisamos intensificar essa audiência
governamental nos diversos conselhos. Isso vai gerar efeitos importantes.
O vice-governador Renato Santana é administrador de
Vicente Pires. Ele vai ficar subordinado a você, como secretário de Cidades?
Todas as administrações regionais serão coordenadas
pela Secretaria de Cidades.
Você é o presidente licenciado do PSB. Nomeá-lo
para coordenar todas as administrações regionais, a política na ponta, tem
alguma conotação política ou eleitoral?
É um reconhecimento do trânsito que tenho no
interior do governo e na sociedade. Mas vamos cuidar da política pública,
prover as cidades do que elas precisam. É determinação do governador resolver
os problemas. Venho da Secretaria de Mobilidade. Portanto, já tenho uma visão
de que é preciso melhor as paradas de ônibus, a acessibilidade, a iluminação
pública até como medida para melhorar a segurança pública.
Há aumento de custos na criação de mais uma
secretaria, num momento em que o governo reclama de falta de dinheiro?
Isso é muito importante. O grande desafio foi criar
essa secretaria sem nenhum custo. Pegamos um pouco de outras áreas. Não podemos
aumentar custos e não aumentamos. Foi uma contribuição de vários órgãos. Também
por isso demorou.
Se você fizer um bom trabalho, ficará credenciado
para disputar eleição a algum cargo nas próximas eleições?
Meu objetivo é contribuir para termos uma cidade
melhor. Quero qualidade de vida para todos. Esse será o meu grande troféu.
Fonte: Ana Maria Campos – Coluna
“Eixo Capital” – Correio Braziliense – Foto: Raphael Ribeiro – Blog - Google