A proposta dispõe a construção de 12.112
apartamentos em terreno ao lado do Itapoã
Após quatro anos de planejamento, as linhas
arquitetônicas do Itapoã Parque ganharão forma. A proposta integra o programa
Minha casa, minha vida e beneficiará cerca de 36.336 pessoas. A conjuntura
decorre da Lei nº 5.707, sancionada ontem pelo GDF. O documento autoriza o
Buriti a transferir uma área de 2,5 milhões de metros quadrados à Companhia
Imobiliária de Brasília (Terracap) para a construção de um setor habitacional —
o local é situado próximo à Estrada Parque Contorno (DF-001) e à DF-250. O
plano é destinado aos inscritos nas faixas 1 e 2. A primeira compreende
interessados com renda mensal até R$ 1.600, e a segunda, entre R$ 1.600,01 e R$
3.275.
A edificação dos 12.112 apartamentos, divididos em
757 prédios, ficará a cargo da JC Gontijo, empresa vencedora do edital de
chamamento lançado em 2012. A construtora é responsável ainda por três escolas
classe (EC); um centro de estudo infantil (CEI); um Centro de Referência em
Assistência Social (Cras); e um Centro Especializado de Assistência Social (Creas).
Antes do início das obras, previsto para 2017, porém, é necessária a obtenção
de licenças ambientais, de arquitetura e de projeto.
Os benefícios do projeto, segundo a diretora de
produção da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
(Codhab), Júnia Federman, vão além da entrega de moradias à população carente.
“Os residentes de locais próximos, principalmente da etapa consolidada do
Itapoã, também serão agraciados. Os centros de ensino, por exemplo, estarão à
disposição de todos”, explicou.
Mais equipamentos
O plano dispõe ainda de lotes para a construção de
centros educacionais; centros de ensino médio; unidades de pronto atendimento
(Upas); centro olímpico; corpo de bombeiros; centro de convivência para o
idoso, entre outros. As edificações, no entanto, dependem da aprovação do
governo, além da garantia de quadro de funcionários para integrá-las. Já a
distribuição de áreas comerciais e industriais, fundamentais à plena operação
do empreendimento habitacional, deverão ser precedidas por processos
licitatórios descritos pela Terracap. Segundo a assessoria de comunicação do
órgão, entretanto, ainda não há previsão para o lançamento do edital.
Balanço de derrubadas
A Agência de Fiscalização do DF (Agefis) publicou balanço sobre as ações
de desocupação de invasão de terras públicas realizadas na cidade. Foram
reintegradas 6.190.780m² de espaço público. Cerca de 4 milhões vieram de
grandes operações e, em média, 1,3 milhão em ações de pronta resposta. De
acordo com Amanda Gusmão, chefe da assessoria de comunicação, os principais
pontos críticos estão em São Sebastião, Estrutural, Taguatinga, Lago Sul, Lago
Norte, Brazlândia, Recanto das Emas e Gama. Desde semana passada, a Agefis
liberou 178 mil metros quadrados só no Morro do Preá, em São Sebastião.
Fonte:
Ana Viriato – Especial para o Correio Braziliense – Foto: Breno
Fortes/CB/D.A.Press
Pergunta: Se o governo amplia 12.100 moradias em uma cidade super precária em serviços públicos e urbanização, que não tem economia própria ou sistema de transporte minimamente eficaz, pode-se dizer que trata-se da estatização da favelização?
ResponderExcluirAmpliar em tanto uma cidade sem prévios ajustes estruturais e sem um polo de desenvolvimento econômico é condenar os novos e os atuais habitantes da região a uma longa e grave degradação da qualidade de vida.