Enquanto a bancada do PSD fecha apoio à
candidatura à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o
deputado Rogério Rosso garante que continua sua campanha.
Você é mesmo candidato à Presidência da
Câmara?
A bancada e o partido decidiram, no
final do ano passado, ter uma candidatura à Presidência da Câmara e tive a
honra de ser o escolhido. Continuo minha campanha apesar da atipicidade dessa
eleição quando nos deparamos com uma candidatura à reeleição já judicializada
no STF tendo em vista o parágrafo 4º do artigo 57 da Constituição Federal.
Vai até o fim, mesmo sem o apoio do seu
partido?
O partido e a bancada são elementares
nesse caso. Como líder do PSD, sempre trabalhei pelo consenso e pela união da
bancada.
Seu partido está caminhando para o
apoio a Rodrigo Maia...
Caso o partido apóie o Maia, também
tomarei minha decisão.
Acha que o STF vai impedir a
candidatura à reeleição do deputado Rodrigo Maia?
Tenho confiança que o STF fará em tempo
o devido controle constitucional que esse caso requer. Ter um presidente eleito
subjudice não é o que o país nem a Câmara precisam agora. O momento é de
segurança jurídica e de estabilidade institucional. A palavra está com o
Supremo.
Mesmo sem Rodrigo Maia, teria o
deputado Jovair Arantes (PTB-GO... Você o apoiaria?
Trabalho desde o início na busca de
consenso para garantir a governabilidade, especialmente nesse ano onde
importantes reformas e projetos serão debatidos no Legislativo.
O apoio do governador Rodrigo
Rollemberg a seu adversário, Rodrigo Maia, lhe incomodou?
Sinceramente não. Todos são livres para
se manifestar.
Acha que o vice-governador Renato
Santana, do seu partido, agiu corretamente ao condenar os reajustes de tarifas
de ônibus?
Renato fez o correto, pois se
manifestou respeitosamente e democraticamente. No nosso governo, em 2010, os
empresários do transporte pediram reajuste nas tarifas e uma grande greve foi
deflagrada. Depois de muito estudarmos tecnicamente a respeito de custos
incidentes sobre os itens que compõem a formação da tarifa no DF e mesmo com
aquela tensão da greve, nossa decisão foi não aplicar absolutamente nenhum
reajuste. E isso só foi possível pois tínhamos os números muito claros. O
Renato acompanhou esse momento e sabe que qualquer reajuste precisa ser
acompanhado de estudos técnicos pormenorizados e com o devido acompanhamento da
sociedade.
Por Ana Maria Campos – Coluna “Eixo
Capital “ – Foto: André Violatti/Es.CB/D.A.Press – Correio Braziliense