Para pressionar o atual presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), a admitir que é candidato à reeleição, o deputado
Rogério Rosso (PSD-DF), um dos parlamentares que disputa o cargo, encaminhou ao
comando da Casa uma “sugestão” para que a TV Câmara realize um debate ao vivo
entre aqueles que desejam ocupar a presidência.
“Venho, por meio desta, sugerir a realização de um
debate através da TV Câmara, no mês de janeiro, entre os pré-candidatos à
presidência da Câmara dos Deputados no ano de 2017/2018”, diz trecho do
documento assinado por Rosso.
“Entendo que a realização de um debate ao vivo
seria muito importante para o fortalecimento da democracia e para o fundamental
acompanhamento do processo eleitoral por parte dos parlamentares e da sociedade
brasileira”, finaliza o deputado, que já havia divulgado um vídeo em que já
pressiona provoca o atual presidente da Câmara. “Fica nosso registro de que
estrutura, pessoal, equipamentos e condições técnicas a TV Câmara tem. Agora,
com a palavra, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia”, diz Rosso
dentro do estúdio da TV Câmara.
CASO JURÍDICO – Maia tem relutado em
admitir sua candidatura por causa de um imbróglio jurídico. O grupo de seus
adversários — Jovair Arantes (PTB-GO), Rogério Rosso (PSD-DF) e André
Figueiredo (PDT-CE) — questiona na Justiça a possibilidade de Rodrigo Maia
tentar ser reconduzido, já que a Constituição veda reeleição ao comando da Casa
dentro de uma mesma legislatura.
Já Maia e seus aliados alegam que o texto
constitucional não aborda mandatos-tampões, caso do atual presidente, que
assumiu o cargo após disputa para suceder o ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que renunciou em julho de 2016.
Por causa do recesso, o Supremo não deve se
manifestar antes da eleição, marcada para 2 de fevereiro. Para Maia, caso ele
seja eleito, não haverá insegurança jurídica.
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NOTA
DA REDAÇÃO DO BLOG – Submisso e servil, Rodrigo Maia transformou a presidência da
Câmara numa espécie de sucursal do Planalto. A eleição interna no dia 2 de
fevereiro vai mostrar até que ponto os deputados vão aceitar essa subserviência
total. Como diz a Constituição, os Poderes da Repúblicas precisam ser
independentes. (C.N.)
Por Daniel Carvalho – Folha – Tribuna da Internet