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Uma belíssima lição de vida, num diálogo entre o Homem e a Natureza

O advogado, administrador de empresas e poeta carioca Evanir José Ribeiro da Fonseca, no poema ”Clamor”, idealizou um diálogo entre o homem e a natureza.
CLAMOR
(Evanir Fonseca)

Como vais, homem?
Ainda tentando?
Não desistas,
mas de antemão digo-te:
mesmo que uses
mãos, pés e ouvidos
sob sentidos e inspirações
criando máquinas,
novas imagens e sons,
nunca me imitarás.
Pois te criei,
te dei luz e sentidos.
Fiz as cores não de tinta,
mas de sentimento.
O som, não do barulho,
mas do clamor da beleza natural,
que pede para ser ouvida.
Como vais, homem?
Ainda tentando?
Tenta, mas peço-te:
preserves minhas obras-primas,
não silencies a beleza natural,
criei-te, mas não destruas
a minha imagem que está em ti.
Tu és homem.
Lembra-te:
as máquinas não amam,
teus quadros não têm aroma,
teus sons não voam,
não correm e nem morrem.
Tu és homem,
eu a natureza.
Ama-me como te amo.
Ajuda-me que criarás.

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