Desde 1º de janeiro, 2 mil novas placas de veículos
já circulam por Brasília com o QR code — código de barras que pode ser
escaneado por meio de aplicativos. Foto: Andre Borges/Agência Brasília
Com informações do automóvel e do proprietário, QR
code precisa ser colocado em todas as placas novas, conforme instrução do
Detran-DF válida desde o início deste ano
Desde 1º de janeiro, 2 mil novas placas de veículos
já circulam por Brasília com o QR code — código de barras que pode ser
escaneado por meio de aplicativos. A novidade é uma exigência da Instrução nº 1.190,
de 8 de dezembro de 2016, do Departamento
de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).
Uelson Praseres, diretor de Controle de Condutores e Veículos da
autarquia, explica que o código carrega informações sobre o histórico do
veículo e do proprietário, facilita a fiscalização e diminui a burocracia em
investigações de casos de clonagem.
“É colocada a data de fabricação, o número do estoque e o código do
fabricante. Quando o fiscalizador vê o código, usa o aplicativo do Detran e já
sabe se ele deveria estar naquele veículo”, detalha o diretor. Segundo ele, o
departamento recebeu de oito a 12 pedidos de análise de automóveis clonados por
mês em 2016.
Aplicativos leitores de QR code usados gratuitamente em celulares podem
rastrear alguns dados do código, mas algumas informações sobre o dono do
veículo — se ele está habilitado para dirigir, por exemplo — só podem ser
acessadas pelos equipamentos do Detran.
É possível até identificar o QR code em fotografias de pardais de
trânsito. O aplicativo consegue reconhecer o código na foto capturada e dar o
histórico do automóvel penalizado. Com isso, além de aplicar a multa, o órgão
fiscalizador pode descobrir se um carro em alta velocidade é clonado.
Que veículos recebem
o QR code
Quem compra um veículo novo recebe a placa com o QR code por meio do
processo normal, sem burocracia. O código também é colocado em automóveis que
vêm de outra unidade da Federação e precisam trocar de placa. Além disso,
receberão QR code os veículos levados às unidades do Detran para receber
serviços relacionados a emplacamento e os que precisarem de atualização das
placas para o sistema atual com películas refletivas.
90% - Porcentual da frota
brasiliense que estará com o código nas placas em até cinco anos, segundo
estimativa do Detran-DF
Com essas mudanças, a previsão é que 90% da frota brasiliense esteja com
o código nas placas em até cinco anos. Praseres deixa claro que, se a placa
estiver visível e no sistema atual com película refletiva, o proprietário não é
obrigado a fazer qualquer alteração.
Quando o cidadão requisita uma placa no Detran, pode escolher uma das 17
empresas fabricantes credenciadas. Se o contrato com uma das empresas terminar,
ela é removida do sistema, o que a impede de produzir mais placas com o código
nos arquivos do departamento.
A alteração na fabricação das placas não tem custo nem para as empresas
fabricantes nem para o Detran. “Só é preciso fazer uma pequena mudança na
impressão do material”, justificou o diretor.
Quem portar emplacamento que não respeite as normas do Código de
Trânsito Brasileiro e for fabricante ou distribuidor de placas não autorizadas
responde com multa de R$ 130,16, quatro pontos na carteira e retenção do
veículo.
Galeria de Fotos: ( goo.gl/8mMvLk )
Marina Mercante – Agência Brasília