Análise do afastamento de deputados
pode demorar
Mais de dois meses depois da denúncia
da Operação Drácon, a Justiça ainda não decidiu se vai acatar ou não o pedido
de afastamento dos deputados envolvidos, Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo
(PSD), Júlio César (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Bispo Renato (PR). A
expectativa entre integrantes do Ministério Público é de que o Conselho
Especial decida se manterá os distritais no exercício do mandato no momento em
que analisar o recebimento ou não da ação penal. Para levar à pauta de
julgamento, falta ainda a intimação do ex-secretário-geral da Mesa Diretora
Valério Neves. Ele, então, ainda terá um prazo para entregar a defesa prévia.
Milhões de cartas dos distritais
Você já recebeu uma correspondência em
casa enviada por algum deputado distrital? Alguém está sendo destinatário de
muitas cartas que partiram da Câmara Legislativa. Milhões, na verdade. Os parlamentares
gastaram R$ 6.123.865,43 com os Correios nos últimos dois anos, segundo dados
do Portal da Transparência da Câmara. Com esse montante, é possível despachar
5,3 milhões de cartas simples. Dá uma média de 220 mil por mês. A despesa é
totalmente sem sentido, considerando-se que hoje 90% dos moradores do Distrito
Federal têm telefone celular, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) e as mensagens pela internet são muito mais fáceis e
rápidas. Em 2015, o custo da Câmara com correspondência foi de R$ 2,9 milhões.
No ano passado, subiu um pouco: atingiu R$ 3,1 milhões. O Portal da
Transparência não disponibiliza os dados por deputado.
Centrad, a incógnita
Uma solução para o Centro
Administrativo do DF é a maior incógnita do governo do DF. O consórcio formado
pela Odebrecht e a Via Engenharia espera uma solução para o investimento
realizado no complexo que pode chegar a R$ 1 bilhão. Por enquanto, não saiu
nenhum centavo dos cofres públicos do DF. Mas de onde o GDF vai tirar esse
dinheiro todo para ressarcir as empresas nessa PPP (Parceria Público-Privada)?
As garantias do negócio não foram amarradas no momento da assinatura do
contrato. Se o GDF pagar pelas obras realizadas, qual destinação dará aos
prédios?
Por Ana Maria Campos – Coluna “Eixo
Capital’ – Fotos:Breno Fortes/CB/D.A.Press – Minervino Junior/CB/D.A.Press –
CorreioBraziliense