Por Walder Galvão
Folhas no chão, gramados marrons,
tingidos pela vegetação seca, e árvores completamente nuas. Esses são os
primeiros pensamentos quando se imagina o outono. Para o brasiliense, a chegada
da estação, iniciada ontem, significa, na prática, o fim do período chuvoso e a
diminuição nas temperaturas. De acordo com o Inmet, as precipitações devem se
encerrar até o fim de abril. “A vegetação começa a tomar as características do
outono tradicional apenas no inverno, em junho, e a temperatura começa a cair
no fim de abril”, explica o meteorologista Hamilton Carvalho.
Além dos fatores climáticos, a chegada
do outono traz elementos astronômicos. O equinócio da estação ocorreu ontem, às
7h29. Esse fenômeno é um evento que tem data e horário definidos e marca um
período específico, no qual a duração do dia é igual à da noite. “O equinócio
ocorre duas vezes ao ano, uma na primavera e outra no outono. Com ele, o dia
dura 12 horas e a noite também”, esclarece o físico Daniel Ângelo.
O físico também explica que o evento ocorre
em duas partes do mundo ao mesmo tempo. “Quando o Hemisfério Sul recebe o
equinócio de outono, no Hemisfério Norte ocorre o de primavera e assim
sucessivamente. Com isso, é possível indicar astronomicamente o período em que
o Sol está”, detalha. Desde ontem, as noites passarão a ter duração maior que
os dias, até que ocorra novamente o processo que reverterá o quadro.
O equinócio significa também o início
de um novo ano para os astrólogos. A astróloga Julia Hormann explica que, neste
período, o Sol entra na primeira casa do zodíaco: áries. E começa a visitar
todos os signos, dando início ao novo ciclo da astrologia. Julia realça que,
após o fenômeno, é possível identificar quais as energias que estarão
disponíveis em 2017, o que acontecerá no céu durante este ano e, assim, definir
maneiras de se portar.
A astróloga explica que, a partir da
análise astrológica, é possível avaliar a tendência dos acontecimentos para
este ano. “No mundo todo, inicia-se um ciclo novo zodiacal, regido por saturno,
o astro da responsabilidade, da consciência e da maturidade”, completa. No
entanto, segundo os astros, o ano será conturbado na capital. “O mapa zodiacal,
de março de 2017 ao mesmo período de 2018, calculado para Brasília, mostra um
ano de fracos resultados. Júpiter, Urano e Plutão, em pontos estratégicos,
caracterizam intensidades e turbulências que ainda acontecerão este ano”,
conclui.
(*) Walder Galvão* - Estagiário sob supervisão de Sibele Negromonte – Foto Daniel
Ferreira/CB/D.A.Press – Correio Braziliense