Um
abacaxi para Rollemberg
O Centro Administrativo do DF é uma
bomba relógio para o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) ou para seu sucessor.
Ocupar ou não o complexo representará um alto custo aos cofres públicos. A viabilidade
econômica da PPP ainda está em estudo no Executivo. Mas desfazer o negócio
também pode render uma multa alta, na casa dos bilhões. Sem dinheiro para o
básico, uma medida como essa pode quebrar a Terracap, responsável por honrar as
garantias com o consórcio formado pela Via Engenharia e Odebrecht. O negócio
mexe com interesses diversos.
Muitos interesses no contrato do
Centrad
Além das donas do projeto de PPP do
Centro Administrativo, estão à espera de uma decisão do GDF prestadoras de
serviço de vigilância, limpeza e conservação, fábricas de móveis e equipamentos
que serão comprados para o complexo e também quem aluga imóveis para o
funcionamento de órgãos do governo e perderá um cliente e tanto. Por isso, há
lobby de todo lado, contra e a favor da assinatura do contrato. Em algum
momento, uma decisão será tomada. Não há dúvida de qualquer que seja a
palavra final neste caso, haverá questionamentos jurídicos.
No olho do furacão
O projeto do Centrad chegou às mãos
de Rodrigo Rollemberg (PSB) depois de passar por três governos. Foi idealizado
na gestão de José Roberto Arruda (PR), assinado na administração de Rogério
Rosso (PSD) e executado no mandato de Agnelo Queiroz (PT). Rollemberg assumiu o
encargo de tomar uma decisão justamente quando a Odebrecht, uma das integrantes
do consórcio, está no olho do furacão das delações premiadas da Operação
Lava-Jato.
Por Ana Maria Campos – Coluna “Eixo
Capital” – Arte Editora CB - Correio Braziliense – Foto: Blog - Google