O
Tribunal Regional Eleitoral condenou, nesta segunda-feira (17/04), a deputada
distrital Liliane Roriz (PTB) por compra de votos e fraude eleitoral nas
Eleições Gerais de 2010. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, mas a
distrital está inelegível e não poderá se candidatar a nenhum cargo público
enquanto não houver decisão que a altere.
A ação,
movida pelo Ministério Público Eleitoral, acusa a parlamentar de oferecer
vantagens indevidas a eleitores e de não ter declarado, na prestação de contas
da campanha, despesas com apoiadores que trabalharam para ela.
Em março de 2016, o Tribunal condenou a
deputada pelos mesmos crimes mas como novas testemunhas surgiram alegando a
compra de votos, mais uma ação foi aberta e analisada nesta tarde. A defesa da
filha do ex-governador Joaquim Roriz apresentou recurso ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para tentar reverter essa condenação. Mas ainda não houve
julgamento. Essa condenação também tem efeito de deixá-la inelegível.
A pena
pela condenação desta noite foi fixada em 04 anos, 05 meses e 8 dias de
reclusão em regime semi-aberto e 60 dia-multa. A pena deve ser convertida em
prestação de serviços à comunidade.
O
julgamento foi iniciado em dezembro, quando cinco desembargadores votaram a
favor da condenação da distrital, mas um dos integrantes do
TRE-DF, Everardo Gueirosl, pediu vista.
Uma das
suspeitas no caso é de que servidores nomeados em 2010 pelo então governador
Rogério Rosso tenham atuado na campanha de Liliane.
Para
apurar o caso, o ministro Ricardo Lewandowski, autorizou a abertura de inquérito no Supremo
Tribunal Federal (STF). A parte que cabe a Rosso tramita no STF
porque o parlamentar tem foro especial.
De acordo
com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, houve crime de peculato e
compra de votos. O procurador autorizou a identificação dos administradores
regionais de Brasília e Samambaia no ano de 2010, bem como o depoimento deles e
dos administradores do Paranoá e Santa Maria, para que todos esclareçam
funções, presença e controle de frequência dos servidores nomeados. O ministro
autorizou a coleta das provas.
Por: Ana
Maria Campos – CB.Poder – Foto: Ana Rayssa/CB/Press -Correio Braziliense