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País clama por tranquilidade

A preservação dos interesses maiores da nação tem de falar mais alto no momento em que se abate sobre a sociedade a mais grave crise política dos últimos tempos. A convulsão provocada nos meios políticos e econômicos pelas delações premiadas do proprietário da maior processadora de carne do mundo (grupo JBS) não pode interferir na rotina do país. Até porque, pela primeira vez em dois anos, foi possível vislumbrar o fim da recessão e a consequente retomada do crescimento.

A hora deve ser de tranquilidade e há que se evitar conclusões açodadas em relação ao turbilhão de informações veiculadas pela mídia. A gravidade da situação requer equilíbrio dos agentes políticos e econômicos para que as demandas de interesse da população possam ser atendidas da forma adequada. E são muitas as prioridades tanto no plano econômico quanto no social.

O país não pode ficar imobilizado diante da crise política que se abateu sobre Brasília, justamente na semana em que foram anunciadas a volta do crescimento de 1,12% da economia, taxa calculada pelo Banco Central (BC). O dado mostra, claramente, que o fim da pior recessão enfrentada pela nação está se aproximando.

A outra notícia que animou o setor produtivo foi a criação de mais de 59 mil empregos com carteira assinada no mês passado, em relação ao mesmo período de 2016, conforme levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Um primeiro passo, mas significativo, para combater problema que envolve mais de 14 milhões de desocupados.

Diante do clima positivo provocado pelas boas-novas, a crise política tem de ser resolvida o mais rápido possível, principalmente para que não interfira na tramitação das reformas previdenciária e trabalhista, no Congresso Nacional. As reformas são mais do que necessárias para levar o Brasil a um futuro melhor, com o equilíbrio das contas e legislação moderna nas relações laborais. Não podem ser mais adiadas e devem ser entendidas como prioridade zero.

As instituições democráticas são sólidas o bastante para encontrar solução satisfatória para a crise política, sempre na irrestrita obediência à Constituição Federal. O presidente Michel Temer, dentro de suas prerrogativas constitucionais, afirmou que não renuncia, diante da pressão de oposicionistas e setores da sociedade. Ao evocar os avanços econômicos, frisou de forma contundente que fez todo o esforço para tirar o Brasil da recessão, “que não pode ser jogado no lixo”. Foi enfático ao afirmar que não teme qualquer delação, nada tem a esconder e que exige investigação plena e rápida da acusação que pesa sobre ele.

O Brasil precisa de muita serenidade na atual conjuntura política. Todos os segmentos sociais, os entes políticos, direta e indiretamente comprometidos com a recuperação econômica e a estabilidade institucional, devem trabalhar com afinco para a manutenção da tranquilidade da nação. O que se espera é que o bom senso prevaleça para o bem do país.

Correio Braziliense - Foto:Ilustração: Blog - Google

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