Foto do estádio Mane
Garrincha em Brasilia antes do jogo Brasil x África do Sul (Foto: Felipe
Schmidt/GloboEsporte.com)
Alvos
são José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, além do ex-vice Tadeu Fillppeli.
Operação investiga fraudes em obras do estádio Mané Garrincha.
Polícia
Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23) mandados de prisão contra
ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz e o
ex-vice governador Tadeu Filippeli.
A
operação é baseada em delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez sobre
um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané Garrincha. A PF diz que a
reforma do local pode ter sido faturada em cerca de R$ 900 milhões, visto que
estava orçada em R$ 600 milhões mas custou R$ 1,575 bilhão.
O
advogado de Arruda, Paulo Emílio, afirmou ao G1 que
ainda está "tomando pé das circunstâncias", mas que vai tentar a
revogação antecipada do pedido de prisão temporária ou, ao menos, que ele não
seja renovado. Segundo Emílio, o mandado é para prisão temporária, com prazo
inicial de cinco dias. Ele informou que está indo ao encontro do ex-governador
e, em seguida, à Superientendência da PF para "entender as razões de
pedido de prisão".
O G1 tentou
contato com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não obteve
respostas até o momento da publicação desta reportagem. A defesa do ex-vice
governador Tadeu Filippeli, afirmou que "preferia não se pronunciar por
enquanto".
Na
operação desta manhã, cerca de 80 policiais foram divididos em 16 equipes e
devem ser cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 3 de conduções
coercitivas e 15 mandados de busca e apreensão. As medidas judiciais partiram
da 10ª Vara da Justiça do DF e as ações ocorrem em Brasília.
Além
dos políticos, a operação desta terça tem como alvo agentes públicos,
construtoras e operadores das propinas que atuaram na época. Segundo a PF, a
suspeita é de que com a intermediação dos operadores, os agentes públicos
tenham simulado etapas da licitação. O Mané Garrincha não recebeu financiamento
do BNDES, mas da Terracap, empresa do governo do Distrito Federal que não tinha
este tipo de operação prevista entre suas atividades.
Agnelo, que foi governador do DF
de 2011 a 2015, foi condenado a ficar inelegível por oito anos em 2016. O
Tribunal Regional Eleitoral entendeu que ele e seu vice, Filippeli, usaram pa
publicidade do governo para se favorecer a campanha de 2014.Em fevereiro
passsado, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a punição ao ex-governador, mas
absolveu o ex-vice.
Por Graziele Frederico e Luiza
Garonce, G1 DF