Durante a construção de Brasília, os
operários que trabalhavam para erguer o Congresso Nacional e os ministérios
moravam em um acampamento chamado Vila Amaury, que chegou a abrigar 16 mil candangos e
suas famílias. Apesar de precário, o lugar era uma verdadeira cidade, com ruas,
bares, comércio e até um pequeno parque de diversões lá dentro.
Mas
a Vila Amaury era um local provisório, pois seria inundada pelas águas do
futuro Lago Paranoá. E todos ali sabiam disso. Em 1959, quando o Rio
Paranoá foi represado, o lago
começou a se encher lentamente ao longo dos meses. E muitos moradores se
recusaram a sair, pois não acreditavam que a vila fosse realmente desaparecer
embaixo d’água. Mas chegou um momento em que a água atingiu o joelho das
pessoas e foi preciso tomar uma providência drástica. A Novacap retirou todo
mundo de uma vez só, às pressas. Por isso, muitas casas e pertences permanecem
intactos até hoje no fundo do lago. Há panelas, sofás, roupas, postes e até
carros.
Os
moradores da Vila Amaury foram transferidos para as primeiras cidades-satélites
do DF: Gama, Taguatinga e Sobradinho, que foi criado, inclusive,
especificamente para abrigar a população do acampamento. A vila ocupava o
espaço próximo a onde atualmente fica o Grupamento dos Fuzileiros Navais e o
Iate Clube, que até hoje é explorado por mergulhadores que desejam conhecer as
ruínas dos primórdios da capital.
Vídeo
Histórias
de Brasília – Jornal de Brasília
Bela história, gostei da imagem, dos ministérios e o congresso ao fundo sendo erguido.
ResponderExcluirQue interessante isso!
ResponderExcluirNossa bastante interessante, deveria fazer uma filmagem lá no lago pra ver essas casas,isso é se for possível.
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