A trilha Matter tem 4.439 quilômetros, é asfaltada e pode ser percorrida
abordo de carros e de bicicleta ou a pé. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
Com foco em educação ambiental, instituto oferece percursos com
orientação de funcionários
Com mais de 600 hectares, a área do Jardim Botânico aberta para
visitação oferece desde coleções de espécies do Cerrado conservadas para
pesquisa e preservação até opções de lazer e de atividades físicas, como as
trilhas para quem quer passear de bicicleta, de carro ou mesmo a pé. > Vídeo
“As
trilhas são parte da educação ambiental. Elas passam por muitos ambientes e,
geralmente, são feitas com guias que podem explicar como muda o ambiente e as
espécies nele”, explica o diretor-executivo do Jardim Botânico, Jeanitto
Sebastião Gentilini.
Segundo
ele, muitas escolas da educação infantil, ensino superior e grupos de idosos
aproveitam o passeio para aprender sobre o Cerrado.
Uma das
funcionárias que atuam como guia é a gerente de Apoio Educacional da reserva
ecológica, Ana Luiza Rio Caldas. “Quando caminhamos, estamos expostos ao vento,
ao barulho e aos animais”, detalha.
Há cinco
tipos diferentes de trilhas e diversos percursos que os visitantes podem
percorrer. Os caminhos se cruzam, se misturam e, com exceção da Trilha
Ecológica, não têm início. Ou seja, a pessoa pode começar a atividade pela
entrada do Jardim Botânico, assim como estacionar no centro de visitantes e
entrar na mesma trilha, mas em um trecho diferente.
Conheça as trilhas do Jardim
Botânico de Brasília - Trilha
Matter: 4,439 quilômetros de extensão
Com 4,439
quilômetros, ela é asfaltada e pode ser percorrida a bordo de carros e de
bicicleta ou a pé. Com espaço para a passagem de apenas um automóvel por vez,
ela é de mão única e liga a portaria principal do Jardim Botânico ao centro de
visitantes.
Por ter
que dividir o espaço da trilha com veículos, a recomendação é que os pedestres
e ciclistas sejam cuidadosos. Os topos das árvores de cada lado se cruzam e
formam um arco, o que torna o caminho todo sombreado.
“A mata
fechada que cerca a Matter também é um tipo de Cerrado. As pessoas estão
acostumadas com aquela imagem do bioma com árvores isoladas, mas existem muitas
variações para serem aprendidas aqui”, ensina Ana Luiza.
Ao longo
da trilha, há espaços com bancos para descanso, uma área de piquenique com
banheiros e o próprio centro de visitantes, onde existe acesso às coleções
expostas e a um bistrô.
Trilha
Ecológica: foco na educação ambiental
Segunda
trilha principal do Jardim Botânico, a Trilha Ecológica é ainda maior, com
4,565 quilômetros e estrada de terra. Ela é larga o suficiente para permitir a
passagem de grupos. O foco é que esse passeio seja usado para promover a
educação ambiental.
Segunda trilha principal do Jardim Botânico, a Trilha Ecológica é ainda
maior, com 4,565 quilômetros e estrada de terra. Foto: Pedro Ventura/Agência
Brasília
Ela é
dividida em trechos menores para conduzir estudantes. “Não a percorremos
inteira porque são 4,5 quilômetros de estrada de terra com obstáculos, como
árvores caídas, normais de trilhas naturais”, justifica Ana Luiza. Segundo ela,
só o segundo trecho do percurso leva cerca de três horas para ser percorrido
com excursões de escolas.
Apesar de
ser uma trilha voltada para levar grupos com foco educacional, ela pode ser
usada por outros visitantes, exceto pelos que estiverem de carro.
Aceiros:
bons para ir de bicicleta nomalmente são espaços que dividem a vegetação para impedir que incêndios se espalhem.
No Jardim Botânico, eles também são usados como trilhas voltadas especialmente
para bicicletas, mesmo que carros e pedestres possam usá-las.
São as
trilhas com a maior extensão, porque não fecham ciclos. Como são usados para
dividir os espaços da reserva ecológica, eles dão a volta na área de 6.160.653
metros quadrados e ainda se cruzam em linhas retas por dentro do Jardim
Botânico.
Trilha
Acessível: diverte pessoas com deficiência locomotora
Ainda sem
sinalização e sem medição da distância, a Trilha Acessível é a menor do parque
e é toda calçada. Feita para que pessoas com deficiência locomotora possam
acessar as coleções próximas do centro de visitantes, ela é a indicada para
pessoas idosas e cadeirantes.
“Às
vezes, as pessoas vêm aqui com a intenção de ficar parado, mas a trilha dá a
vontade de seguir as coleções. Alguns ainda nos dizem que faziam anos que não
caminhavam tanto”, compartilha Ana Luiza.
A trilha
começa na área de educação ambiental, passa pelo cactário, pelo jardim japonês,
pelo jardim de contemplação, pelas coleções das bromélias e das aráceas e
termina no parque infantil. Não é permitido passar por ela com veículos ou
bicicletas.
Trilha de
Pedestres: ainda mais perto da vegetação
A Trilha de Pedestres entra nas áreas da vegetação, onde não é permitido
o uso de bicicletas e de carros. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
Com
início e fim em outras trilhas, a Trilha de Pedestres entra nas áreas da
vegetação, onde não é permitido o uso de bicicletas e de carros. Apesar de ser
possível correr por elas, a prática não é recomendada porque as árvores podem
ter galhos baixos no caminho.
Além
disso, o aviso mais importante é não seguir por elas sem companhia. São as
trilhas com mais intervenção da vegetação, e é onde fica mais fácil ocorrer
acidentes. “Se você quebrar uma perna, é preciso ter ajuda. Nem especialistas
devem entrar sozinhos”, alerta Ana Luiza.
Galeria de Fotos: ( goo.gl/8xXZl7 )
Agência Brasília