No dia 19 de maio de 1986, 21 OVNIs (Objetos
Voadores Não Identificados) foram detectados pelos radares do Centro
Integrado de DefesaAérea (CINDACTA I), que fica no Lago
Sul. Os objetos estavam sobrevoando as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
O Alto Comando da Força Aérea,
considerando a possibilidade de uma invasão ao território brasileiro, uma vez
que os OVNIs se aproximavam de três cidades estratégicas em nosso país
(Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro), deflagrou operações de interceptação
com caças F5 e Mirage III. Além dos aviões militares, pilotos de cerca de 50
aeronaves, além de dezenas de pessoas no solo, viram as luzes coloridas que
emanavam dos estranhos veículos.
No dia seguinte, o ministro da Aeronáutica, junto aos pilotos do
caças, deram uma entrevista coletiva à imprensa confirmando o acontecimento. De
acordo com os militares, os OVNIs apresentavam características singulares:
variação de altitudes inferiores a 5 mil pés (cerca de 1.500 metros) até 40 mil
pés (acima de 12 mil metros), emissão de luminosidade nas cores branca,
vermelha e verde, capacidade de acelerar e desacelerar de modo brusco e
velocidades que chegavam a 15 mil km/h (os jatos mais rápidos do mundo atingem,
em média, 4 mil km/h).
Trechos do
documento oficial emitido pela Força Aérea Brasileira em 1986:
– Os objetos produziram ecos
nos radares dos sistemas de defesa e também nos jatos que perseguiram os OVNIs;
– Houve contato visual dos
pilotos;
– Os fenômenos são sólidos e
refletem inteligência pela capacidade de acompanhar e manter distância dos
observadores, como também voar em formação.
Em 2015, o Arquivo Nacional disponibilizou,
obedecendo à Lei de Acesso à Informação,
os áudios das conversas entre pilotos e controladores aéreos naquele dia. Está
tudo na internet, atualmente.
Foi uma das poucas vezes, na História, em que um governo se
pronunciou oficialmente sobre um ocorrido dessa natureza, inclusive
reconhecendo não saber do que se tratava. Por sua relevância para a ufologia
mundial, o fenômeno foi denominado, internacionalmente, de “A noite oficial dos
OVNIs”.
Por João Carlos Amador, criador do projeto Histórias de Brasília