Roriz é doente renal crônico e tem diabetes: saúde
delicada - Por complicações da diabete,
o ex-governador passou por uma cirurgia para a amputação de dois dedos do pé. A
operação ocorreu no sábado passado, no Hospital do Coração do Brasil, na Asa
Sul. Ele passa bem
O agravamento da diabete levou o
ex-governador do DF Joaquim Roriz, 81 anos, a amputar dois dedos do pé. O
procedimento cirúrgico ocorreu no Hospital do Coração do Brasil, na Asa Sul, no
último sábado. O político ficou internado durante a semana passada. Roriz passa
bem, segundo a assessoria de comunicação da filha mais velha, a deputada
distrital Liliane Roriz (PTB). A equipe médica que acompanha o político optou
pela amputação dos dedos para evitar o comprometimento da circulação, o que poderia
levar à necrose dos membros.
Em setembro do ano passado, o
ex-governador passou por um procedimento para facilitar a circulação com o
aumento da quantidade de oxigênio transportado pelo sangue. O quadro clínico
chegou a melhorar com a implantação de um stent para desobstruir as artérias.
Doente renal crônico há mais de uma década, Roriz tem de se submeter a sessões
diárias de hemodiálise para filtrar o sangue, diante da deficiência dos rins.
Roriz mantém uma vida reclusa desde as
eleições de 2010, quando teve de sair do páreo e colocar a mulher, Weslian, em
seu lugar, por causa da Lei da Ficha Limpa. A ex-primeira-dama ainda conseguiu
levar a disputa para o segundo turno, mas acabou derrotada por Agnelo Queiroz.
Ele não participa de eventos públicos desde 2015, quando recebeu o título de
Cidadão Honorário de Brasília. Nos últimos dois anos, passou por pelo menos
três internações de longo período.
Em 2015, Roriz passou mal em casa. No
hospital, os médicos diagnosticaram uma isquemia cardíaca, ou seja, diminuição
da passagem de sangue pelas artérias coronárias. Ele, então, passou por um
cateterismo e ficou internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Além
disso, cinco anos atrás, teve de implantar três pontes de safena. Roriz tem
dificuldade para caminhar. Em distâncias maiores, precisa usar cadeira de
rodas.
Trajetória política
Roriz iniciou a carreira política na
década de 1970 como vereador de Luziânia, distante 60km de Brasília. Depois,
elegeu-se deputado estadual por Goiás. Em 1986, venceu a eleição para o cargo
de vice-governador de Goiás. O primeiro mandato para comandar o Distrito
Federal veio pelas mãos do ex-presidente da República José Sarney, em 1988 — à
época, a capital não elegia os seus gestores, o que passou a ocorrer com a
promulgação da Constituição Federal, em outubro do mesmo ano.
Roriz integrou o ministério do
ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1990. O goiano foi ministro da
Agricultura e Reforma Agrária por 14 dias. Renunciou ao cargo para concorrer ao
Palácio do Buriti. Ganhou a eleição e chefiou o Executivo local entre 1991 e
1995. Ficou conhecido pela política habitacional de distribuição de lotes em
áreas públicas, criando cidades como Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas,
entre outras.
O terceiro mandato de Roriz começou em
1999 e durou até março de 2006, quando renunciou em favor de sua vice, Maria de
Lourdes Abadia, para lançar-se candidato ao Senado. Sua sucessora disputou a
reeleição para permanecer no cargo até 2010, mas foi derrotada no primeiro
turno por José Roberto Arruda. Roriz renunciou ao cargo de senador em julho do
mesmo ano, após se envolver no escândalo de desvios de dinheiro do BRB, escapando
do processo de cassação do mandato que poderia deixá-lo 8 anos inelegível.
(*) Otávio Augusto - Foto: Breno Fortes/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
Corrige o texto porque não foi o Roriz que fez a Ceilandia
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