Conversa
ao pé de ouvido: Rollemberg e Tasso Jereissati discutem 2018 -Em meio a uma crise de comando no PSDB/DF, o
governador Rodrigo Rollemberg (PSB) esteve ontem no Congresso, para uma
conversa ao pé de ouvido com o presidente nacional do partido, Tasso Jereissati
(CE). Rollemberg chegou sem o aparato de chefe do Executivo e os dois
conversaram longamente no cafezinho do Senado. Sozinhos. Os tucanos de Brasília
estão divididos entre a candidatura própria ao GDF, de Izalci Lucas, ou uma
aliança que resulte em apoio a outro concorrente. Adversária interna de Izalci,
a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia tem sido apontada como uma possível
vice na chapa à reeleição de Rollemberg. À coluna, o governador disse que
estava apenas matando a saudade do Senado.
Mais investigações
Além da esfera penal, o Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar também na área cível o
suposto vazamento de informações da ficha médica do defensor público André de
Moura. A deputada Celina Leão (PPS) e o defensor público-geral, Ricardo Batista
Sousa, são alvos de um procedimento aberto pela promotora de Justiça Lenna
Daher, da 7ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social do DF, que
pode resultar em ações de improbidade administrativa. Esse é mais um
desdobramento da Operação Drácon.
Juntos com a Lava-Jato
Potencial candidato ao Senado pela Rede, o deputado
Chico Leite deixa nas entrelinhas a dificuldade para uma parceria com a Rede:
“Nossa aliança é com a sociedade. Quem priorizar o combate à corrupção e o
apoio à Lava-Jato será nossa prioridade”. Com todas as críticas que os petistas
fazem ao juiz Sérgio Moro, fica complicado.
Câmara diz não a
príncipe
A Câmara Legislativa rejeitou ontem a concessão do
título de cidadão honorário de Brasília a um herdeiro da família real
brasileira. Foram nove votos favoráveis, quatro contrários e uma abstenção que
acabaram derrubando o projeto de decreto legislativo, proposto pelo deputado
Lira (PHS), em homenagem ao príncipe Dom Bertrand Maria José Pio Januário
Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança. Ele é trisneto de D. Pedro
II, último monarca brasileiro, e bisneto da princesa Isabel. Para aprovar a
comenda, seriam necessários 13 votos favoráveis, mas não houve apoio
necessário.
Sem atributos
Os deputados Joe Valle (PDT), Rodrigo Delmasso
(Podemos), Júlio César (PRB), Lira, Agaciel Maia (PR), Juarezão (PSB), Rafael
Prudente (PMDB), Telma Rufino (Pros) e Luzia de Paula (PSB) disseram sim. Já os
distritais Ricardo Vale (PT), Chico Leite (Rede), Chico Vigilante (PT), Wasny
de Roure (PT) e Reginaldo Veras (PDT) consideraram que o príncipe não tem os
atributos necessários para receber uma homenagem como filho de Brasília, entre
os quais, o de morar ou ter vivido pelo menos quatro anos na cidade. Cláudio
Abrantes (Sem partido) se absteve.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital”
- Correio Braziliense