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À QUEIMA-ROUPA: Juliano Costa Couto Presidente da OAB/DF

Juliano Costa Couto
Presidente da OAB/DF

O ex-presidente da OAB Ibaneis Rocha, seu aliado na eleição da entidade, vai se filiar nesta semana ao PMDB. Ele, com certeza, vai buscar votos dos advogados na candidatura em 2018, provavelmente ao GDF. Como fica a OAB nesse projeto? Vai apoiar?
Toda OAB é apartidária. Nossa ideologia é a Constituição e a cidadania. O ex-presidente Ibaneis Rocha é conhecido por sua capacidade de trabalho e pela paixão por Brasília e acredito que a advocacia do Distrito Federal tende a simpatizar com esse projeto corajoso e impetuoso do presidente Ibaneis. Mas a ordem se manterá íntegra a seus ideais.

Então, não haverá uso da máquina?
De forma nenhuma. A OAB do Distrito Federal se manterá dedicada à advocacia e à sociedade do DF.

No calor da campanha de 2018, haverá a sucessão na OAB. Você já decidiu se será candidato?
Meu nome foi escolhido em agosto do ano da eleição. Então, hoje sou presidente e estou muito tranquilo. Não sou candidato, nem pré-candidato a nada. Está muito antecipado esse debate. Acredito que essa decisão será tomada apenas no ano que vem e eu pretendo ouvir o grupo, minha família e  a advocacia do Distrito Federal.

A sua vice, Daniela Teixeira, tem se colocado como pré-candidata à Presidência da OAB/DF. Isso de alguma forma incomoda você e a sua gestão?
Daniela Teixeira tem serviços prestados à advocacia do DF. É uma advogada inteligente e talentosa. Entendo que qualquer movimento em prol de uma candidatura hoje seria extemporâneo e talvez até prematuro. Mas, se a Daniela achar que deve, ela pode vir a trabalhar para ser candidata e tem legitimidade para tanto. 

E como Ibaneis Rocha vai se comportar num possível racha entre você e ela, já que ele é aliado e amigo dos dois?
Ibaneis tem uma paixão pela Ordem do mesmo tamanho que a minha e pela advocacia também. E tenho certeza de que haverá diálogo e o racha, espero eu, será evitado para que esse grupo vencedor e dedicado à história da advocacia se mantenha unido, inclusive agregando novos valores e pessoas que porventura hoje não estejam no grupo.

Você está terminando um tratamento de saúde. Como está se sentindo agora?
Estou muito feliz. Atravessei todo um processo quimioterápico das 12 sessões com algum desgaste, mas com muita paixão pela vida e pela minha atividade profissional. Enfrentei os efeitos colaterais sempre olhando para a frente e acredito que o tratamento foi um sucesso. Agora é seguir em frente e continuar rezando para que seja definitivo. Gostaria de agradecer a todos que torceram e oraram pela minha convalescência.

Você fez a indicação do advogado Willer Tomaz para o grupo JBS, o que levou a seu nome surgir em meio à Operação Patmos. Acha que esse episódio está esclarecido?
Acho que sim. Minha participação foi exclusivamente essa, a de fazer a indicação do criminalista Willer Tomaz ao Dr. Joesley Batista. Já há ações penais propostas, ações de improbidade e o meu nome não consta em nenhuma delas. Recentemente os delatores e os envolvidos também foram ouvidos na CPMI do Congresso Nacional e a única menção ao meu nome é essa, de ter indicado. Não atuei em nenhum processo em nome do grupo JBS. 


Ana Maria Campos – Helio Montferre/CB/D.A.Press – Correio Brasiliense

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