Senador José Antônio Reguffe (Sem partido/DF)
“Tenho muitas e muitas críticas ao governo e elas permanecem, mas sou
uma pessoa justa e, quando vejo algo de bom, tenho a obrigação também de
reconhecer”
O programa Nota Legal da saúde era um compromisso de Rollemberg com
você. Saiu como você esperava?
Estou feliz. Foi uma conquista importante para a população. Gostaria que
fosse a integralidade dos impostos sobre remédios, que seria o justo e o
correto, mas já é um grande avanço. Lutei tanto, cobrei tanto, fiz tantos
pronunciamentos sobre isso... Foi uma vitória. E é a população que será
beneficiada.
Acha que pode ser ampliado?
Espero que seja.
Esse era um compromisso que Rollemberg fez com você na campanha de
2014. Sente-se atendido?
Como eu disse, o correto e o justo era que se devolvesse a integralidade
dos impostos sobre remédios para o consumidor, mas é um avanço. Fico feliz
também que hoje as pessoas discutem se é correto ou não tributar remédios.
Antes de eu falar sobre isso, ninguém discutia. Esse não era um tema. É bom
lembrar que ajudo a cidade também com minhas emendas ao Orçamento. Destino os
recursos para o que realmente tem que ser a prioridade. Hoje tem remédios na
rede pública do DF que estão lá por uma emenda minha ao Orçamento da União.
Inclusive para câncer. Foram compradas 7.000 unidades do Sorafenibe,
medicamento quimioterápico oral para pacientes com câncer.
Você é um crítico do governo Rollemberg. Muda algo na sua relação com o governo
do DF?
Continuo do mesmo jeito. Tenho muitas e muitas críticas ao governo e
elas permanecem, mas sou uma pessoa justa e, quando vejo algo de bom, tenho a
obrigação também de reconhecer.
Pretende apoiar algum candidato ao Buriti?
Não sei nem quem serão os candidatos ainda. Cada dia leio uma coisa
diferente.
A seu pedido, o projeto que reajusta taxas de cartórios foi retirado da
pauta do Senado. Acha possível melhorar a proposta antes da votação no próximo
ano?
Esse projeto é um absurdo. O reajuste do reconhecimento de firma no DUT,
por exemplo, aumenta 769%. Isso é um escândalo. E já tinha sido aprovado pela
Câmara. Estava passando despercebido. Fiquei feliz também que consegui
retirá-lo de pauta. Foi outra vitória. Não era justo a população ter que pagar
esse aumento.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto:
Agência Senado - Correio Braziliense