Segunda loja de artesanato do projeto Brasília
Criativa abre as portas para atender à demanda de quase 10 mil profissionais
cadastrados na Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer. O espaço fica no 3º piso
do Pátio Brasil. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília
Segunda loja do projeto Brasília Criativa, no Pátio
Brasil, vai atender à demanda de quase 10 mil profissionais cadastrados na
Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer
Artesã desde 1974 e presidente da Associação
Sudoeste/Octogonal de Artesanato Solidário, Lúcia Cruz comemora o novo espaço,
no 3º piso do Pátio Brasil. Cedido pelo shopping à Secretaria do Esporte,
Turismo e Lazer, o local servirá de apoio aos 9,9 mil >>> profissionais
registrados na pasta.
Eles integram o cadastro da Unidade de Gestão do Artesanato. “Para
nós, é complicado ter espaço em um shopping, o custo é muito alto. Ter uma
oportunidade dessa é muito bom, traz nova experiência de público”, analisa
Lúcia, que tem registro no governo desde 1993.
Essa é a segunda loja em centro comercial destinada à comercialização de
trabalhos de artesãos cadastrados na secretaria. Aberto desde março de 2016, o
espaço no Liberty Mall atende atualmente 15 profissionais que se revezam
por temporadas, com duração de três meses.
A novidade no Pátio Brasil seguirá o mesmo esquema. Os 19 artesãos,
selecionados por meio de edital, ficarão até 30 de maio, quando outros
trabalhadores manuais ocuparão o local com seus produtos.
A iniciativa faz parte da política de
fortalecimento do artesanato em Brasília e não tem custo para o governo
Para o secretário adjunto de Turismo, Jaime Recena, essa é uma
oportunidade para o artesão comercializar em área de grande fluxo de
pessoas. “Vamos continuar trabalhando para inaugurar em breve outras unidades
semelhantes em áreas movimentadas”, afirma.
A iniciativa faz parte da política de fortalecimento do artesanato
em Brasília e não tem custo para o governo. A expectativa da secretaria é
que a segunda loja repita o sucesso da primeira, que vende cerca de R$ 40 mil
por trimestre.
Artesanato produz
peças com motivos de Brasília
Ana Paula Rocha, de 43 anos, trabalha há mais de cinco com utensílios em
MDF. Na prateleira para comercialização, as peças se destacam por
compartilharem duas características em comum.
Pintadas em azul, elas carregam a tipografia de Brasília. De porta-chaves
a símbolos religiosos, a artesã inclui sempre sua marca nos produtos.
Dos famosos ipês aos ícones de Athos Bulcão, Ana Paula conta que a
referência com a cidade é um diferencial. “Sempre procuro trazer peças que são
de utilidade, não apenas bibelô. Isso ajuda o consumidor a escolher”, ensina.
"Foi uma terapia. Em menos de um
ano já tive alta da psicóloga e atualmente faço dessa arte meu
sustento" (Antônio Augusto Moraes, artesão)
Já a carioca Lúcia Cruz, de 60 anos, ressalta a beleza das flores do
Cerrado com peças feitas de tecido. O colorido do arranjo chama a atenção e
oferece uma opção para decoração de espaços fechados.
Com peças delicadas, as joias em prata de Antônio Augusto Moraes, de 55
anos, encantam. Brincos, colares e anéis remetem a símbolos da capital federal.
Moraes conta que o trabalho minucioso ajudou a superar a depressão. “Foi
uma terapia. Em menos de um ano já tive alta da psicóloga e atualmente faço
dessa arte meu sustento”, relata o artesão.
A professora Lilian Câmara, de 48 anos, ficou admirada com a loja no
Pátio Brasil. “Gosto muito de artesanato. Sempre que quero comprar, tenho que
ir a alguma feira. Agora posso vir mais vezes”, conta a consumidora, que nunca
imaginou encontrar espaço de artesanato em shopping.
Acompanhada da filha, ela já encomendou dois anéis de Augusto, que ficou
satisfeito com o reconhecimento.
Galeria de Fotos: - ( https://goo.gl/L2mfyh )
Agência Brasília