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À QUEIMA-ROUPA: Deputado federal Rogério Rosso (PSD/DF)


Deputado federal Rogério Rosso (PSD/DF)

Existe alguma chance de a Reforma da Previdência voltar à pauta do Congresso neste ano?
Absolutamente nenhuma chance de alteração constitucional enquanto estiver em vigência a intervenção no Rio de Janeiro. A equipe econômica do governo federal já fala em alterar regras previdenciárias por projeto de lei. Estamos atentos a isso.

A intervenção federal no Rio foi uma saída honrosa para o presidente Michel Temer retirar a reforma da Previdência da pauta?
Há mais de ano que afirmo publicamente que o governo não tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência. De outro lado, essa questão de intervenção no Rio de Janeiro não é assunto novo e me pareceu ser inevitável. Um tiro, dois alvos.

Acha que a intervenção vai reprimir a onda de violência no Rio e tirar o poder do crime organizado?
Existem estados, como o Ceará, por exemplo, que está com uma crise igual ou pior do que a do Rio de Janeiro. O Brasil todo está em crise na segurança pública. As Forças Armadas são organizadas e competentes. Com estrutura financeira, administrativa e técnica e segurança jurídica, é impossível não termos melhores resultados.

Você assumiu o governo do DF em meio a um pedido de intervenção federal na capital do país em decorrência das denúncias da Operação Caixa de Pandora. Acha que naquele momento havia necessidade de uma intervenção no DF?
Lutamos e trabalhamos muito para evitar a intervenção naquele momento. Diferente do Rio de Janeiro, que a intervenção é na segurança, em 2010, o STF julgou a intervenção que era uma ação da PGR em toda a administração. Felizmente, o Supremo votou contra a intervenção e o DF e sua população mantiveram seus direitos, autonomia financeira e administrativa.

Por que a reforma da Previdência fracassou?
Começou errada, com um texto muito duro, injusto e sem sensibilidade social e política. A primeira impressão é a que ficou. A questão das denúncias também reduziru a base do governo e dificultou ainda mais os debates.

Você está sendo chamado de coveiro da Reforma. É isso mesmo? Ajudou a enterrá-la?
Em todos os momentos, trabalhei para mostrar para o governo as incoerências e injustiças do texto. Muitos parlamentares acompanharam e apoiaram nosso trabalho. As entidades organizadas dos servidores foram fundamentais também.

Que pontos da reforma eram inaceitáveis para os servidores?
Não ter uma regra de transição para quem entrou no serviço público antes de 2003 foi um dos principais erros do texto. A pensão por morte (acúmulo de aposentadoria) também foi crucial no embate. Muita injustiça em um texto só.

Acha que a reforma da Previdência vem mais forte no próximo governo e com medidas mais radicais?
Inevitável esse tema nas eleições presidenciais. O próximo Congresso seguramente terá muito trabalho nesse sentido.

Temer, na sua opinião, é candidato à reeleição?
Caminha a passos largos para isso.

Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto: André Violatti/CB/D.A.Press – Correio Braziliense



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