Um documento apreendido na casa do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) no dia da
deflagração da Operação Panatenaico indica que o petista tinha as contas na
ponta do lápis e concentrou todo o esforço do governo nos compromissos com a
conclusão do estádio Mané Garrincha. O documento intitulado “Pressões sobre o
orçamento 2013 — estádio”, incluído na denúncia do Ministério Público Federal
contra o ex-governador, detalha de onde o Executivo tiraria recursos para
honrar as despesas com o consórcio Brasília-2014, responsável pela obra. Para a
Terracap, ficou uma fatia de R$ 447 milhões. Mas Agnelo contava também com
programas como Recupera DF, contingenciamentos, remanejamentos de recursos do
Fundo Constitucional e um esforço para ampliar a arrecadação. A planilha previa
ainda uma economia de R$ 180 milhões com a suspensão das negociações de
reajustes salariais com 16 categorias. Não há registro de quais seriam
atingidas. Ainda na área do funcionalismo, havia uma previsão de adiamento do
aumento das horas-extras da Polícia Militar, que representariam R$ 28 milhões a
mais para investir no estádio.
Laços
de amizade
Conversas
extraídas dos telefones de Tadeu Filippelli e do empresário Fernando Queiroz,
dono da Via Engenharia, na Operação Panatenaico, demonstram uma relação de
amizade, nunca negada por eles. No dia do primeiro turno da eleição de 2014,
por exemplo, Queiroz escreveu: “Caro amigo, neste momento quero abraçá-lo e
cumprimentá-lo pelo comportamento digno, correto e competente nesta luta
eleitoral. Você é um exemplo para todos que desejam participar da vida
pública”. Em outro trecho, 11 dias depois, já com Agnelo Queiroz e Tadeu
Filippelli fora das eleições, Queiroz manda uma mensagem em que garante que
honrará todos os seus compromissos como o emedebista. Mas não dá detalhes sobre
a que se referia.
Palmas para segurança
O governador Rodrigo Rollemberg acredita que os números da segurança
pública do DF serão uma bandeira positiva em sua campanha. Na semana passada,
ele conversou com o sociólogo Arthur Trindade, seu ex-secretário de Segurança
Pública, sobre estatísticas de criminalidade e ficou satisfeito com o quadro de
redução da violência. “Vamos fechar esse governo com a maior redução da taxa de
homicídios da história em um governo, num momento em que os homicídios estão
explodindo em todo o Brasil, disse Rollemberg à coluna. E acrescentou:
“Isso é histórico, graças a um plano de segurança pública e às atuações
extremamente qualificadas da Polícia Civil e da Polícia Militar, que são as
melhores do Brasil”.
Mandou bem
Na campanha de 2014, o senador José Antônio Reguffe (Sem partido/DF)
assumiu o compromisso de que não concorreria a nenhum cargo nestas eleições
para exercer o mandato até o fim. Ao não se filiar a nenhum partido agora, ele
cumpre a palavra, uma coisa cada vez mais rara na politica.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press -
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