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A baderna persiste na UnB



A baderna persiste na UnB

*Por Circe Cunha

Os alunos do movimento estudantil da Universidade de Brasília, subservientes ao que parece ter restado dos partidos de extrema-esquerda, invadiram o prédio da “reitoria amiga” e vêm há dias promovendo dentro do câmpus atos de extremo vandalismo e de intimidação contra todos os que ainda resistem a seus desígnios de orientação nitidamente fascista.

Desconhecem esses alunos os ensinamentos e exemplos nefastos trazidos pela experiência da história, particularmente pelo período entre guerras, durante o qual o mundo assistiu silenciosamente à ascensão das ideologias fascistas e nazistas. Naquela ocasião, a imposição arbitrária dessas ideologias por milícias uniformizadas recorriam às mesmas táticas de depredação, de ameaças, de vandalismo e, em muitos caos, de assassinatos para calarem opositores e todos aqueles que não aderiam às suas teses extremistas.

As intimidações, paralisações de aulas, pichações e depredações do patrimônio público, duramente custeado por aqueles que não tiveram oportunidade de cursar uma universidade, representam mais do que uma afronta direta à população de Brasília. O que eles têm conseguido com esses atos é lançar o antigo prestígio dessa instituição ao chão, expondo a universidade ao ridículo e passando para os brasilienses a ideia de que essa academia do saber se encontra tomada pela anarquia, sem rumo e sem direção. A reitoria parece temer fazer o que é correto e legal.

Somente a certeza de que os filhinhos de papai jamais serão responsabilizados por seus atos insanos é que levam esses desocupados a agir livremente e sem freios. Escolhidos como o inimigo da hora, os alunos de agronomia, bravamente, têm resistido a ceder e a compor forças com esses arruaceiros. O que esses agitadores não percebem é que, por suas atitudes extremas, estão fazendo crescer, entre os estudantes sérios e comprometidos, forte contrarreação e a certeza definitiva de que essa turma não representa o grosso dos estudantes.

A abdução de centros acadêmicos, principalmente por partidos em franca decadência, demonstra, na prática, que tem faltado a esses alunos justamente o elemento definidor de uma faculdade, que é o pensar, o livre pensar. Mas, para isso, é preciso leitura, muita leitura, preparo e aprimoramento intelectual. Para alcançar esse status, é necessário primeiro que eles busquem, na imensa biblioteca que adorna a universidade, um objeto confeccionado de papel que está estocado, empoeirado e esquecido nas prateleiras e que comumente atende pelo nome livro.

Abram com cuidado, absorvam seu conteúdo, municiem primeiro seu intelecto com as armas da razão. Depois, pronto. Partam para mundo no desejo de moldá-lo às próprias ideias, sem repetir modelos falidos. A violência e a cegueira mental têm na ignorância seus laços em comum.

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A frase que foi pronunciada
"A educação é uma coisa admirável, mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber pode ser ensinado."
(Oscar Wilde)

Lado bom
»O HUB vai participar do XII Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, organizado pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (Cipe). Neste sábado (5), a partir das 8h. O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) tem 24 cirurgias pediátricas marcadas. Cid Fragoso, chefe da Unidade de Atenção à Criança e ao Adolescente do HUB, comanda muito bem a equipe. A propaganda das mães que tiveram filhos atendidos por lá é sempre positiva.


(*) Circe Cunha – Coluna ”Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google

  

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