A deputada federal ficou lisonjeada pelo reconhecimento dos
companheiros, mas pretende fortalecer a legenda na Câmara dos Deputados
A deputada federal e presidente do Partido dos
Trabalhadores do DF, Erika Kokay, recebeu nesta quinta-feira (17/5)
carta de lideranças do partido com o pedido para que ela seja a
candidata da legenda ao Palácio do Buriti. Apesar de ficar lisonjeada com o reconhecimento,
a parlamentar disse que não vai aceitar o apelo, já que seus planos são
permanecer na Câmara dos Deputados.
No pedido, assinado por
Roberto Policarpo; pelos deputados distritais Wasny de Roure, Ricardo
Vale e Chico Vigilante; além de Geraldo Magela, os caciques do PT
local argumentam que outros nomes já cogitados não empolgaram a
militância e que Kokay “reúne todas as qualidades pessoais e
políticas para ser nossa candidata a governadora do DF.
“Até o momento, os militantes que se apresentaram
para exercer a tarefa de representar o PT na disputa pelo Governo do Distrito
Federal, apesar das qualidades pessoais inquestionáveis, não empolgaram a
militância e não foram capazes de produzir um consenso e uma unidade no nosso
partido. É preciso um passo a frente!”, ressalta o documento.
“É um reconhecimento da minha militância e da minha atuação. Porém,
temos a necessidade de manter e ampliar mandatos na Câmara. Esta é
uma decisão partidária de nível nacional”, afirmou.
Segundo ela, o PT precisa de uma bancada forte no
Congresso em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para atuar
em projetos considerados importantes pela sigla.
Reiterou que a pré-candidatura dela à Câmara dos
Deputados foi pensada, construída e não existe qualquer possibilidade de
aceitar o chamamento. “Quando Lula esteve aqui (no DF), disse que eu poderia
ser candidata ao governo, se quisesse, mas falou da importância do meu
mandato na Câmara Federal”, afirmou ao Metrópoles.
A carta foi enviada à parlamentar faltando pouco
mais de um mês para a convenção regional do partido, prevista para 22 e 23
de junho, quando um nome deve ser indicado para concorrer ao cargo.
O PT
passa por uma crise sem precedentes. Além de ter o seu maior representante
preso por corrupção — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, no âmbito do
Distrito Federal enfrenta os reflexos da gestão de Agnelo Queiroz à frente do
Buriti. Além de ser um dos governadores com maior índice de reprovação, o
petista foi preso e é réu por suspeitas de superfaturamento nas obras do
estádio Mané Garrincha.Ao lado de José Roberto Arruda (PR) e Tadeu Filippelli
(MDB), ele é um dos principais alvos da Operação Panatenaico.
Por
Manoela Alcântara – Foto: Agência Câmara – Metrópoles