E a escalação do Legislativo? (Quadro atual: Senadores -
Reguffe, Cristovam, Hélio José - Deputados Federais: Fraga, Augusto Carvalho,
Érika Kokay, Izalci, Laerte Bessa, Rogério Rosso, Ronaldo Fonseca, Roney Nemer
- Distritais, quadro abaixo:
Nas redes sociais, nas conversas de botequim, na
tevê, em qualquer esquina, a convocação da Seleção Brasileira para a Copa do
Mundo da Rússia esteve entre os assuntos mais comentados neste início de
semana. Mesmo quem não entende ou não está muito interessado no assunto
perguntou, ficou sabendo e até arriscou algum comentário.
Entretanto, em um
país com tantos “técnicos” de futebol, em que pelo menos de quatro em quatro
anos nos tornamos uma nação unida em um só ideal, a maioria da população deu
pitacos. Futebol é um assunto importante do Brasil, não há dúvida, mas o que
dizer das eleições de outubro? Você já sabe a escalação dos deputados,
distritais e senadores? Afinal, quando o assunto é a urna, não é só uma questão
quadrienal, mas de futuro mesmo.
Nos últimos anos, os brasileiros começaram a aprender
a importância do Poder Legislativo. Dali surgiram as principais denúncias de
corrupção, de mensalões, de esquemas. Os parlamentares têm força suficiente,
por exemplo, para construir de forma rápida o impeachment de um presidente. Ou
para salvar um de seus colegas das garras da Justiça. São esses senhores e
senhoras que fazem o conceito de governabilidade funcionar. Nem que, para isso,
seja necessário o pagamento de mesadas — com dinheiro ou cargos.
Daí a importância, por exemplo, de saber o nome de
todos os distritais, federais e senadores que representam o Distrito Federal,
um município, uma cidade, um estado e até um bairro. E mais do que isso: é
essencial ter consciência de que tipo de trabalho eles e elas fazem no
parlamento. Conseguiram aprovar projetos? Essas ideias eram realmente
importantes ou foram somente a criação de datas comemorativas? Seu
representante foi combativo contra injustiças ou se fez presente apenas para
abaixar a cabeça para o Poder Executivo? Foi alvo de denúncia, está respondendo
a algum tipo de processo ou esteve ligado a esquemas, no mínimo, estranhos?
Todas essas questões podem ser respondidas nos
próximos meses. O ideal, na verdade, seria que todo esse processo fosse feito
de forma constante, durante os quatro anos de mandato. Significaria que o
cidadão tem consciência de como é importante o acompanhamento sistemático do
político. Agora, ainda depende do eleitor — e só dele — se basear nas questões
acima para escolher bem o voto. Caso contrário, a participação será apenas como
a de um torcedor durante a convocação do time brasileiro para a Copa do Mundo:
pitacos, reclamações e muito pouca efetividade.
Por Leonardo Meireles – Correio Braziliense –
Fotos/Ilustração: Blog - Google