Vamos louvar o que bem merece…
*Por Jane Godoy
O assunto de hoje já foi mencionado nesta página
algumas vezes, justamente devido ao nível de atendimento que, muitas vezes,
surpreende a todos os usuários.
Criado pelo Decreto nº 22.125 de 11 de maio de
2001, pelo Governo do Distrito Federal, a instituição do Na Hora — Serviço de
Atendimento Imediato ao Cidadão — completou, na sexta-feira (11), 17 anos de
prestação de serviços e atendimento à população de Brasília.
O artigo 1º diz: “Fica instituído o Na Hora —
Serviço de Atendimento Imediato ao Cidadão, no âmbito do Distrito Federal, que
visa reunir, em um único local, representações de órgãos públicos federais e
distritais, de forma articulada, para a prestação de serviços públicos aos
cidadãos”. Seguindo, no artigo 2º: “O Serviço de Atendimento Imediato ao
Cidadão tem como finalidade prestar atendimento de alto padrão de qualidade,
eficiência e rapidez, facilitar o acesso do cidadão aos serviços públicos, simplificar
as obrigações de natureza burocrática, assim como ampliar os canais de
comunicação entre o Estado e o cidadão”.
Hoje, 17 anos depois, resta-nos reconhecer que,
como infelizmente não é lá tão comum observarmos a obediência e cumprimento das
regras e normas pré-estabelecidas em tantos outros órgãos espalhados pelo
Brasil afora, inclusive, os brasilienses devem se orgulhar muito e reconhecer
que, no nosso Na Hora, há mesmo a prestação “de atendimento de alto padrão de
qualidade, eficiência e rapidez”, além de vermos facilitado “o acesso do
cidadão aos serviços públicos, simplificar as obrigações de natureza
burocrática, assim como ampliar os canais de comunicação entre o Estado e o
cidadão”.
Por uma questão de justiça e, também, obedecendo ao
nosso lema empregado há 15 anos, que é louvar o que bem merece, compartilhamos
com nossos leitores a satisfação e a certeza de que, naquele Serviço de
Atendimento Imediato aos Cidadãos, todas as normas são cumpridas e obedecidas à
risca. O que nos surpreende e encanta, cada vez que precisamos daqueles
serviços.
Ao chegar, moças educadas, envergando uniformes e
preparadas para um atendimento elegante e cortês, prontas a orientar as pessoas
sobre como e para onde se encaminhar, demonstrando profundo conhecimento de
todas as seções para as quais as pessoas deverão ser encaminhadas, faz com que
tudo se resolva com agilidade e presteza.
Ao longo do corredor, com longarinas destinadas a
idosos, gestantes, deficientes e pais com crianças de colo, não causam nenhum
constrangimento e nem dão motivo para disputa de lugares e estresse.
Além dos monitores estrategicamente colocados com
as senhas para todos os setores, em cada box de atendimento todos estão prontos
a ajudar e orientar de forma ágil a todos de que deles precisam.
Pena que, localizado na Estação Rodoviária do Plano
Piloto, eternamente em obra e nunca com um aspecto recomendável, com escadas
rolantes sempre estragadas, paredes e chão sujos, muita confusão e falta de
cuidados e manutenção, o acesso ao Na Hora não cumpra as mesmas normas do seu
Artigo 2º, de “prestar atendimento de alto padrão de qualidade”.
Será por que não conseguimos que tudo funcione bem,
em termos de manutenção e respeito aos logradouros públicos? Onde será que nós,
brasileiros, estamos falhando?
Uma pena mesmo.
(*) Jane Godoy – Coluna 360 Graus –Foto: Gustavo
Moreno/CB/D.A.Press - Correio Braziliense