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Águas Claras ganhará nova pista de acesso em 2019 - (A nova pista passará pelo balão localizado entre a Avenida Pitangueiras e a Avenida Parque Águas Claras antes de alcançar a EPTG)

A nova pista passará pelo balão localizado entre a Avenida Pitangueiras e a Avenida Parque Águas Claras antes de alcançar a EPTG(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) prevê para o primeiro semestre de 2019 a conclusão de nova opção de acesso à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). A via terá 2km de extensão, com duas faixas em cada sentido


*Por Marlene Gomes


Com uma população estimada em 148 mil habitantes, divididos em cerca de 52,5 mil domicílios, Águas Claras acumula problemas quando o assunto é trânsito. São 35 mil veículos, que, diariamente, buscam as duas saídas da cidade, sendo responsáveis por um fluxo intenso a ponto de provocar retenções e congestionamentos. A situação, no entanto, pode melhorar a partir do próximo ano. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) anunciou a construção de uma terceira via para a região. O investimento é de cerca de R$ 5 milhões.

A nova saída de Águas Claras terá 2km de extensão, com duas faixas em cada sentido, ligando o balão de interseção entre a Avenida Pitangueiras e a Avenida Parque Águas Claras. O DER planeja, também, ciclovias. A previsão é de que a licitação seja concluída ainda neste ano para que as obras sejam entregues no fim do primeiro semestre de 2019. “Essa terceira saída de Águas Claras só será possível, porque houve uma doação da parte do terreno da residência oficial do governador para o Parque de Águas Claras. Nós aproveitamos para que, na divisa, fosse feita a locação para as pistas. O recurso orçamentário vem do próprio DER”, afirmou o diretor-geral do DER no DF, Márcio Buzar.

Moradora de Águas Claras há 14 anos, Elisabeth Nascimento, 72 anos, reside perto do parque local, em uma área nas proximidades de onde será construída a terceira via de acesso à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Aposentada e submetendo-se a um tratamento médico no Hospital Sarah Kubitschek, na Asa Sul, ela acredita que a intervenção viária vai melhorar a vida de quem precisa se deslocar para o Plano Piloto. “Quando tenho consulta marcada para as 8h, saio de casa às 5h30, antes que o trânsito fique ruim”, explica Elisabeth. Com problemas de locomoção, a aposentada reclama da falta de acessibilidade na cidade e torce para que a melhoria também inclua benfeitorias para quem anda a pé.

Estresse: Para o especialista em trânsito Márcio Andrade, além da pista, é preciso fazer estudos de impacto da construção. “Qualquer obra nova que surge causa impacto. Alguns condomínios têm cinco ou seis torres, e as famílias, mais de um carro”, disse Andrade. Segundo ele, a terceira saída deve minimizar o estresse no tráfego, causado pelo tempo de espera do motorista em meio aos congestionamentos. “Isso causa risco de segurança no trânsito, pois o condutor quer ganhar o tempo perdido. Depois que ele sai da retenção, acelera mais e fica desatento”, alerta o especialista.

Povo fala
“Tudo o que for feito para melhorar o fluxo do trânsito é benéfico para a população. Quanto mais saídas, melhor. Eu moro no Park Way, mas estou sempre em Águas Claras, porque a minha filha mora na cidade. O trânsito é complicado, mas é difícil, também, para quem mora no Park Way, que precisa pegar a saída Israel Pinheiro” (Josmir  Braz,  70 anos, bancário aposentado, morador do Park Way)
“A minha realidade é bem diferente de muita gente, porque eu trabalho em casa e escolho horários alternativos para resolver os problemas. Consigo me organizar para não ter problemas no trânsito. O meu marido utiliza o metrô para ir ao trabalho, no Plano Piloto. O problema de Águas Claras é que tem muita gente para pouco espaço” (Dóris Késia Guimarães Stikan, 47 anos, empresária, moradora de Águas Claras)

“A nova via de acesso à EPTG tem de ser muito bem planejada, com fácil acesso de quem vai e de quem vem. Não pode ser como o viaduto de Vicente Pires, que é uma obra malfeita e obstrui os carros. Os carros que vêm do Plano Piloto têm de fazer uma curva e passar por baixo do viaduto, e isso faz é piorar o fluxo de veículos” (
Luciano Pereira  Coelho, 38 anos, servidor público, morador do Park Way)
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(*)  Marlene Gomes – Correio Braziliense





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