Do rock à política
O deputado federal Rogério Rosso (PSD) entrou na política pelas mãos de Joaquim Roriz. Então funcionário da Fiat, o carioca, que veio para Brasília bebê, aproximou-se do ex-governador no início dos anos 2000 pela amizade da ex-mulher Karina Curi com a filha caçula de Roriz, Liliane. Na campanha de 2002, Rosso atuou como conselheiro do ex-governador para as estratégias de comunicação na campanha ao GDF. Roriz o levou para o governo.
Formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), Rosso foi secretário de Desenvolvimento Econômico, administrador de Ceilândia e responsável pela criação do Ceilambódromo. Completamente envolvido pela política, em 2006, candidatou-se a deputado federal pelo MDB. Teve 51 mil votos e ficou como primeiro suplente. Depois da derrota, foi convidado por Arruda a assumir a Presidência da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). À frente do órgão, defendeu o projeto de construção do centro administrativo do GDF, em Taguatinga.
Em 2010, foi escolhido governador do Distrito Federal por eleição indireta na Câmara Legislativa. Apoiado por Tadeu Filippelli, também do MDB, Rosso era visto como uma solução para a crise política causada pela Operação Caixa de Pandora, que culminou no afastamento do governador José Roberto Arruda e no fim do governo de Paulo Octávio, vice de Arruda. À frente do GDF por nove meses, teve uma gestão complicada e marcada por dificuldades em diversas áreas.
Na eleição seguinte, tentou novamente uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSD. Elegeu-se com 93,6 mil votos. No Congresso, ocupou posição de destaque em 2016 ao ser escolhido para presidir a comissão especial que analisou e aceitou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT). No mesmo ano, tentou a Presidência da Câmara dos Deputados, mas foi derrotado, no segundo turno, por Rodrigo Maia (DEM).
Rosso é um dos investigados da Operação Panatenaico, que apura rombo nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha. O deputado foi citado em delação premiada do ex-executivo da Construtora Andrade Gutierrez Rodrigo Ferreira Lopes, mas nega qualquer envolvimento com o esquema.
Estúdio
Muito ligado à música, Rosso é fã de rock pesado. Além de baixista, o deputado toca guitarra e teclado e mantém um estúdio em uma chácara na Cidade Ocidental (GO). A primeira banda surgiu aos 16 anos. O grupo de hard rock britânico Whitesnake é um dos preferidos do agora possível pré-candidato ao Palácio do Buriti.
Alexandre de Paula – Correio Braziliense - Foto/Ilustração: Blog - Google