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Paulo Octávio, que reavalia indicação ao Senado, reconhece dificuldade, mas diz que coligação seria imbatível.

Paulo Octávio, que reavalia indicação ao Senado, reconhece dificuldade, mas diz que coligação seria imbatível.

*Por Francisco Dutra

A candidatura do empresário Paulo Octávio (PP) para o Senado Federal entrou em marcha de reavaliação. O movimento vem no embalo da desistência bombástica de Jofran Frejat (PR) de participação na corrida pelo Palácio do Buriti, na chapa composta por PR, PP, DEM, MDB e Avante. Também ganha força no grupo a passagem da cabeça de chapa para o advogado Ibaneis Rocha (MDB)

O empresário ensaiava o regresso à linha de frente política pelas urnas. Caso o novo compasso de espera avance para uma desistência abrirá uma margem de negociação no complicado desenho de uma fusão entre os aliados abandonados de Frejat com a Aliança Alternativa, composta por PSD, PRB, PSDB, PPS, PSC e DC.

“Estou reavaliando a candidatura. Com a saída de Frejat, temos um novo cenário. Temos que ver quantas candidaturas do nosso campo serão lançadas”, comenta Paulo Octávio. O empresário classificou a desistência do candidato do PR como uma surpresa lamentável.

Segundo Paulo Octávio, a fusão das duas correntes é um desafio do ponto de vista ideológico, mas caso seja selada poderá gerar a chapa mais competitiva das eleições. Uma força com fôlego para as vagas proporcionais e majoritárias.

“Logicamente, há alguns antagonismos antigos. É possível, mas também é difícil. Na minha visão, a união venceria essa eleição. Teria uma força muito grande. Imagine MDB, PP, DEM, PPS, PSDB, PSD, todos esses partidos juntos. Seria uma super-proposta”, explica.

A fusão incluiria divisão igualitária das vagas majoritárias para governador, vice-governador, as duas cadeiras no Senado e as respectivas suplências. A maioria dos antigos aliados de Frejat se mostra favorável ao movimento. Pela frente da Aliança, a adesão seria aquecida por personagens do PSD e PRB.

“Agora é hora de prudência, cautela. Se no passado fizemos uma escolha vista como a certa e não deu certo, mesmo com tempo para amadurecer, imagina agora com apenas dois meses para as eleições”, ponderou o secretário-geral do MDB, distrital Wellington Luiz. Ele considera possível e necessária a união dos grupos. Mas só vingará se for construída por todos.

Cristovam resiste mais
O PPS não economiza munição para manter a Aliança longe da fusão. “Frejat deixou a candidatura naquele grupo por defender princípios. Se nós nos unirmos a eles estaremos dando um tapa na cara de Frejat”, sapecou o senador Cristovam Buarque (PPS). O então candidato do PR deixou as eleições lutando contra a desunião política e a pressão política de aliados por espaços em um eventual governo, o inquietante “toma-lá-dá-cá”.

“Precisamos falar com Frejat para sabermos de mais detalhes sobre o que de fato aconteceu. Que pressões foram essas? A impressão é que Frejat lutava para se livrar de uma camisa de força. Prometeram tirá-la. Mas na verdade só afrouxaram”, argumenta o senador. Nas fileiras do PPS, quando Frejat não cita nomes e casos concretos, acabou igualando todos os aliados sob a sombra da dúvida.

O partido busca viabilizar uma candidatura própria da Aliança pelo GDF. Segundo Cristovam, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) recuperou a chance de ser o cabeça de chapa, mas precisa fazer o dever de casa. Neste caso, o tucano precisa dar sinais concretos de crescimento. Ou seja, precisa recuperar ou trazer novos partidos ao grupo.

Mesmo assim, Rosso continua sendo um plano B para o GDF . “Rosso nunca disse que seria candidato e também nunca disse que não seria. Disse que tinha questões pessoais e familiares para resolver. Se resolvê-las, ele pode voltar”, comentou Cristovam.

Para atender a exigência do PRB de eleição de um deputado federal, a Aliança busca traçar a arte final de um chapão. A dificuldade está na construção de uma proposta para o partido emplacar um deputado distrital. Neste ponto, está em estudo uma coligação isolada entre PRB e PSDB.

Saiba Mais
Entre os partidos que caminhavam com Frejat dois nomes estão postos como potenciais candidatos do GDF. O primeiro é o ex-presidente da Ordem dos Advogado do Brasil no DF, Ibaneis Rocha (MDB). O segundo é o presidente regional do DEM, o deputado federal Alberto Fraga.

Na Aliança Alternativa, dois nomes estão cotados para o Senado. Cristovam Buarque busca abertamente a reeleição. Enquanto isso, Rogério Rosso é o segundo nome provável.

Parte dos membros do grupo que orbitava em torno de Frejat considera que a candidatura de Paulo Octávio pode ser alvo de questionamentos judiciais em função de sua renúncia após a eclosão da Operação Caixa de Pandora, quando era vice-governador. Pessoalmente, Paulo Octávio considera que está plenamente elegível.

(*) Francisco Dutra – Foto: Antonio Cunha/CB/D.A.Press – Jornal de Brasília


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