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Em debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília, o atual governador e candidato à reeleição respondeu sobre o índice de rejeição a seu governo, e fez promessas nas áreas de educação e da saúde do DF

Em debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília, o atual governador e candidato à reeleição respondeu sobre o índice de rejeição a seu governo e fez promessas nas áreas de educação e da saúde do DF - "Vamos universalizar o acesso a creches no DF", promete Rollemberg (PSB)

*Por Mariana Fernandes

Candidato à reeleição ao governo do Distrito Federal pelo PSB, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou, nesta terça-feira (28/8), em debate no Correio Braziliense, que vai "universalizar" o acesso a creches na cidade a partir da criação de 16 mil vagas. Além disso, prometeu à população um aumento na cobertura da saúde pública, expansão no metrô e no BRT. "Foi muito difícil enfrentar a crise que vivemos. Foram muitas madrugadas em claro. Mas reconhecemos nossas falhas e sabemos que muito foi feito pelo DF”, disse.

O debate foi realizado em quatro blocos. No primeiro, Rollemberg respondeu sobre uma suposta rejeição de seu governo atual. "Eu quero dizer que, hoje, a rejeição na política é generalizada. A população tem razão, diante de todos os escândalos que acontecem. Nós fizemos tudo o que precisava ser feito para colocar a casa em ordem. Pegamos a maior crise política do país e fizemos o que tinha que ser feito”, argumentou.

O governador atual afirmou ainda que não foi possível fazer tudo o que foi prometido, porém, preza por uma "política de honestidade". "Recebemos a cidade com R$ 3,5 milhões de dívidas (que já pagamos todas) e R$ 3 milhões no buraco do orçamento. Isso nos obrigou a tomar medidas para colocar a casa em ordem. Com a casa arrumada, conseguirei fazer muito mais”, afirmou.

No segundo e terceiro blocos, o atual governador rebateu críticas feitas ao longo do debate: "Neste momento estamos com a menor taxa de homicídios e implantamos o bilhete único. Estou impressionado com tanta má-fé, desconhecimento e tanta demagogia. O projeto que existe é do BRT, que está aprovado no Ministérios das Cidades e vamos implantar". Ele ainda citou a obra com 28 pontes e viadutos que disse que será concluída ainda em seu governo.

No último bloco, momento de considerações finais entre os candidatos, Rodrigo Rollemberg agradeceu a oportunidade e considerou um embate difícil. "Foram muitas madrugadas em claro pensando em como pagar os servidores públicos, os terceirizados", relembrou. "Com humildade, peço um voto de confiança", finalizou.

Excesso de gastos no governo: O socialista aproveitou um questionamento de Alberto Fraga para se defender de acusações de que, em seu governo, gastou com helicópteros à sua disposição e com carros utilizados por órgãos. "Olha a diferença entre nós. Eu como senador não gastei nem um real com verba indenizatória, e no meu governo helicóptero serve para fazer transporte de órgão e combater a grilagem de terras, essa é a diferença entre eu e você, Fraga", respondeu Rollemberg. “Você não gastou nem um real, mas, em compensação, não trouxe um real para o GDF”, disparou Fraga, em contrapartida.

Posição política: No segundo bloco do programa, o candidato petista Julio Miragaya escolheu Rollemberg para confrontar. Ele citou o discurso que o candidato usou para ganhar as eleições em 2014, dizendo que ele mudou o rumo. "Você apoiou Aécio no segundo turno, você apoiou o golpe contra a presidente Dilma, você apoia Temer nas propostas. A população quer entender: quem é o Rodrigo Rollemberg de hoje?"

Em resposta, o atual governador disse que é o mesmo político coerente e que é "caso raro nesse país". "São 33 anos no mesmo partido. Quero dizer que quem mudou foi o PT. O nosso governo é um governo para os que mais precisam, qual foi o governo que teve a coragem de enfrentar os poderosos e liberar a Orla do Lago Paranoá? O lago é a nossa praia. O nosso governo está transformando a vida das pessoas e transformando para melhor", afirmou.

Aumento para servidores: Ainda no segundo bloco, os candidatos Rogério Rosso e Rodrigo Rollemberg chegaram a bater boca durante o debate ao falarem sobre o tema de reajustes salariais. Rollemberg criticou a promessa de Rosso sobre garantir paridade dos salários da Polícia Civil e da Polícia Federal e também sobre o pagamento da terceira parcela do reajuste salarial a servidores públicos de 2019.

O socialista disse que a promessa de Rosso era "uma demagogia", e que o candidato do PSD só conseguiria cumpri-la "se tivesse como secretário de Fazenda o Mágico de Oz ou o Papai Noel". "Se todos esses aumentos forem concedidos, será um impacto de R$ 4 bilhões no orçamento. O DF quebra", afirmou o governador.

Rogério Rosso, em réplica, disse que Rollemberg é um "mentiroso". "Quem faz a conta e fez a conta são os servidores de carreira da área de fazenda e planejamento. É importante que a cidade saiba que o senhor não está fazendo a conta direito. Talvez seja por isso que estejamos vivendo o maior caos de serviços público do DF. Você deveria ter criado a secretaria de captação de recursos", pontuou.

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Em resposta, Rodrigo Rollemberg (PSB) rebateu Rosso e fez críticas: "Candidato, quem está mentindo é você. Tenho o maior respeito e gratidão e todo o trabalho nesse período que nos ajudou a arrumar a casa. Mas sei que vocês não acreditam. Você não foi capaz de cortar o mato, no fim do seu governo, o mato estava quase da sua altura. Isso está me parecendo um outro candidato que disse ia resolver o problema da saúde em três meses". 

Após pedir direito de resposta, o socialista voltou a afirmar que os números que citou sobre os gastos são verdadeiros e manifestou apreço aos servidores públicos. "Fizemos programas de qualificação profissional, instituímos a licença-paternidade, contratamos 12 mil servidores e, no momento adequado, vamos fazer a recomposição salarial dos servidores públicos". 

Saúde: O governador atual disse que, em seu governo, o dinheiro não está indo para o bolso de ninguém e sim para obras importantes como a do Hospital da Criança. "Nosso governo é o governo dos que mais precisam. Você não imagina minha alegria de perceber que ações do meu governo estão transformando a vida de pessoas", disse. O postulante lembrou que utilizou R$ 6 milhões para construir o hospital e fez isso em vez de gastar com estádios de futebol.

Rollemberg criticou também a fala de outros candidatos, que citaram a privatização do Hospital de Base. "Ele é totalmente público e é um hospital que está melhorando a cada dia. Eram 107 leitos fechados, que já foram reabertos. Hoje, existem 11 salas de cirurgia funcionando, estamos comprando medicamentos em dia. Estamos fazendo tudo isso para não voltar a ter um governo como o passado", comentou.

Emprego: Rollemberg se defendeu de críticas de que, em seu governo, nada está funcionando e afirmou que existem projetos concretos para a criação de novos empregos e melhorias para a população. “Vamos continuar trabalhando. Existe um projeto do BRT. Assim que tivermos a liberação dos recursos, vamos implementar. Vamos implementar também 28 pontes e viadutos no DF”, disse. Todas estas obras públicas são, segundo o governador, oportunidades de novos empregos. 

Reforçou também o discurso de contenção de gastos e arrumação da casa que, segundo ele, gerou recursos para a expansão do metrô a Samambaia e promoverá também a geração de novos empregos. 

Habitação: Em confronto com o candidato Alberto Fraga, Rollemberg falou sobre a distribuição de escrituras à população e sobre a regularização de condomínios no DF. "Nada como ver a alegria das pessoas em receber suas escrituras. Isso traz valorização do patrimônio. Nós entregamos mais do que em todos os outros governos antes de nós",disse. Ele lembrou também a regularização de condomínios no DF. "Mais de 100 condomínios serão regularizados. Mais de 7 mil família terão tranquilidade. Estamos crescendo um DF regularizado e legal", afirmou.

Mesmo após crítica de Fraga, que o acusou de crueldade e maldade ao dizer que o governador "acabou com o sonho de moradia das pessoas", Rollemberg disse que está garantindo uma cidade ordenada. "Estamos regularizando também 130 igrejas", completou.

Meio ambiente: O postulante ao GDF lembrou o fim do Lixão da Estrutural e afirmou que a medida garantiu melhorias para os trabalhadores do local e proteção ao meio ambiente. "Levamos os catadores que corriam riscos e disputavam seu sustento com urubus. Hoje, eles trabalham com dignidade e com equipamentos de proteção, recebendo pela separação do lixo e contribuindo para o meio ambiente", disse. 



(*)  Mariana Fernandes - Foto: Minervino Junior/CB/D.A.Press - Correio Braziliense


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