O governador Rodrigo Rollemberg e o presidenciável Ciro Gomes
participaram de comício no Núcleo Bandeirante: incentivo à militância
*Por Ana Viriato - Isa Stacciarini - Alan Rios
Com duas
semanas para desembolar a corrida ao Palácio do Buriti, os candidatos dividiram
a agenda, ontem, entre compromissos que pudessem atingir o maior número
possível de segmentos: peregrinaram por comércios, ouviram servidores e
lideranças comunitárias e conversaram com pastores. O deputado federal Alberto
Fraga (DEM) e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) prometeram benefícios a
forças de segurança — o socialista ainda participou de comício com o
presidenciável Ciro Gomes (PDT). O parlamentar licenciado Rogério Rosso (PSD) e
o advogado Ibaneis Rocha (MDB) realizaram caminhadas. A ex-distrital Eliana
Pedrosa (Pros) fez reuniões no Jardim Botânico.
Pelas
redes sociais, o chefe do Buriti assegurou que, se reeleito, implementará o
projeto de reestruturação de carreiras da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros. Conforme a proposta, PMs e bombeiros alcançariam a mais alta posição
de chefia com 15 anos de serviço. E garantiriam a estabilidade após três anos
de exercício e, não, 10, como no modelo atual. “Estamos criando o Abono
Permanência, com valores mais justos e adequados às atividades exercidas.
Atualizamos os valores do Serviço Voluntário Gratificado. Criamos a promoção ao
posto acima na passagem para a reserva remunerada”, afirmou Rollemberg.
À tarde,
o governador participou de um comício ao lado de Ciro Gomes no Núcleo
Bandeirante. O pedetista pediu aos eleitores que não confiem nas pesquisas de
opinião divulgadas até o momento e incentivou a militância. “Cada um daqui vira
um soldado, vamos fazer visitas de casa em casa”, disse o presidenciável.
Alberto
Fraga esteve em Sobradinho. A policiais militares, defendeu a convocação de
oficiais da corporação e do Corpo de Bombeiros para contornar a falta de
efetivo no DF. “A formação de um PM leva 12 meses. A saída é reconvocar
oficiais da reserva, pagar uma boa gratificação e recompor os nossos quadros.
Enquanto isso, concursos públicos estarão abertos”, argumentou. Fraga
comprometeu-se a dar o mesmo reajuste para Polícia Civil, PM e Corpo de
Bombeiros.
Convênio
Rogério
Rosso peregrinou pela Expansão do Setor O, em Ceilândia. Na caminhada,
assegurou a construção de um hospital para atender a área norte da cidade, que
inclui P Norte, Sol Nascente, QNQ e QNR. “Enquanto isso, modernizaremos e
ampliaremos o Hospital Regional (de Ceilândia)”, prometeu. Ele também propôs a
criação de convênios entre GDF e farmácias privadas. Pelo projeto, quando
remédios não estiverem disponíveis nas Farmácias de Alto Custo, a população
poderia buscá-los nas particulares. A fatura seria paga pelo Executivo local.
Ibaneis
Rocha visitou Sobradinho à tarde. Ele enalteceu o comércio da região e criticou
a falta de planejamento para atender o crescimento populacional.“Temos de
implementar aqui um BRT para diminuir o fluxo de carros e cuidar da mobilidade,
colocar o hospital para funcionar imediatamente e cuidar da segurança com
emergência”, alegou.
Eliana
Pedrosa reuniu-se com moradores e comerciantes do Jardim Botânico. Na roda de
conversa, recebeu pedidos de investimento nas áreas de segurança pública,
mobilidade e regularização fundiária. Entre as promessas defendeu a volta do
Grupar, formado por técnicos com expertise na área, para encaminhar a
legalização dos terrenos. “Serão profissionais sem indicação política. A
intenção é agilizar os processos de regularização”, frisou. Eliana prometeu,
ainda, instalar um posto do Na Hora na região. (AP)
6,8
mil PMs farão a segurança nas eleições
*Por Thiago de Melo
Mais de 6,8 mil policiais militares atuarão
diretamente na segurança das urnas e dos colégios eleitorais, além de
fiscalizar locais públicos e seções de votação em 7 de outubro, data do
primeiro turno do pleito — os brasilienses escolherão deputados distritais,
deputados federais, dois senadores e o presidente da República. No DF, a
eleição ocorrerá em 606 lugares, que receberão, no total, 6.713 urnas
eletrônicas. A distribuição da Polícia Militar será de um oficial responsável a
cada 15 pontos de votação e de dois a seis PMs por colégio eleitoral, a
depender da quantidade de eleitores.
O coronel Marcilon Back, chefe do Departamento
Operacional da corporação, explicou que as medidas de segurança começarão na
sexta-feira e terminarão após o fim da apuração. A Polícia Militar será
responsável pela guarda dos locais onde as urnas serão armazenadas, assim como
a fiscalização durante o transporte e o recolhimento das máquinas. “Todo o
nosso efetivo estará nas ruas no dia das eleições”, afirmou Back.
Serão usados no dia da eleição, além dos carros
oficiais, a cavalaria e os helicópteros da corporação. O coronel reforçou que a
orientação aos policiais militares é evitar conflitos e crimes, como boca de
urna e transporte irregular. Porém, esclareceu que a prisão só será feita após
solicitação do juiz eleitoral presente no endereço. De acordo com o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), detenção em dias de votação só pode ocorrer em caso
de flagrante — caso contrário, nenhum eleitor pode ser preso cinco dias antes
do pleito e até 48 horas após o fim da eleição.
Para candidatos, mesários e fiscais de partido, a
proibição da prisão é maior: varia de 15 dias antes da votação até 48 horas
após o encerramento. Em relação aos procedimentos de segurança por parte do
eleitor, é importante ficar atento nos locais mais movimentados e prestar
atenção ao usar aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets. “No dia da
eleição, as pessoas devem ficar atentas, não deixar carros abertos nos
estacionamentos, verificar se os alarmes foram ligados, não deixar objetos,
como computadores, tablets e celulares dentro dos veículos, para que isso não
chame a atenção de nenhum ladrão”, alertou o coronel Back.
Atenção: O que é permitido: Levar “cola” ou “santinhos” com os números dos
candidatos (a anotação dos números facilita a votação) - Votar sem
título, mas é importante saber onde fica a zona e a seção de votação e
apresentar outro documento oficial com foto Entrar na sala de votação com propaganda eleitoral,
desde que a manifestação seja individual e silenciosa — só pode
ser revelada exclusivamente pelo uso de broches e adesivos
O que é proibido
Usar camisetas de candidatos e/ou de partidos - Entrar na cabine de votação acompanhado (apenas
deficientes têm direito ao acompanhamento) - Usar o celular dentro da cabine de votação - É proibido fotografar ou filmar enquanto se vota - Aglomeração de pessoas com bandeiras e camisetas
padronizadas no locais de votação - Publicar novos conteúdos de campanha eleitoral na
internet - Configura-se boca de urna aliciar ou tentar
influenciar o eleitor diante do ponto de votação
(*) Ana Viriato - Isa Stacciarini - *Alan Rios ( * Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer) - Foto: Arthur Menescal/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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ELEIÇÕES 2018