O doutor Edson Porto sofria com um câncer e deixa mulher,
cinco filhos e 11 netos. O velório será realizado a partir das 12h e o
sepultamento, às 17h, no Campo da Esperança da Asa Sul - Edson Porto, ao
lado da esposa, Marilda, em 2012(foto: Arquivo pessoal)
*Por Deborah Fortuna
"Meu pai, Edson Porto, é um exemplo de dedicação e competência que
sempre guiará meus passos. Sempre fez tudo com bom humor e leveza, atendendo a
todas as pessoas com amor", descreve o filho caçula, Mauro Porto.
"Sua história de vida, a superação e a maneira de enxergar as coisas e as
pessoas são suas melhores marcas. É o jeito Edson de ser, como sempre bricamos.
Nunca esqueceremos seus exemplos", completa.
Mineiro, o doutor Porto foi para o Rio de Janeiro estudar medicina.
Depois de formado, mudou-se para Goiânia, onde trabalhou no Hospital Rassi como
pediatra. Quando as obras de Brasília começaram, o Instituto de Aposentadoria e
Pensão dos Industriais (IAPI), em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova
Capital do Brasil (Novacap), fechou um convênio com o hospital para prestar
assistência médica aos operários.
Pioneiros
em Brasília, em frente ao Catetinho, em 1960 durante a construção da capital
federal. Edson Porto, primeiro médico de Brasília em frente ao prédio do
Catetinho(foto: Arquivo pessoal )
Filho mais novo de Edson Porto, Mauro Porto reproduz a foto
antiga do pai - Postinho de
madeira: Assim, Porto chegou a Brasília em 1956, com 25 anos, atendendo um
convite do próprio presidente Juscelino Kubitschek, para administrar um posto
de saúde até que fosse inaugurado o primeiro hospital da região — o Hospipal
Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), que funcionaria até 1974 onde hoje
está o Museu Vivo da Memória Candanga.
No postinho de madeira, em meio a um acampamento de dezenas de
operários, Porto realizou exames médicos de admissão e atendeu inúmeras
emergências. Com o HJKO pronto, ele se tornou o diretor da unidade e
instalou-se definitivamente em Brasília, onde exerceu a especialidade de
pediatria até se aposentar aos 60 anos. Trabalhou sempre como pediatra e
aposentou-se aos 60 anos.
Na capital,
também fundou a Federação Brasiliense de Sinuca, uma de suas paixões, ao lado
da marcenaria e da pintura. Ele chegou, ainda, a ser violinista da Orquestra
Sinfônica de Brasília. Na capital, também se casou com Marilda, teve cinco
filhos e 11 netos. Recentemente, gostava de se manter informado acessando a
internet por meio do tablet.
Tags
HISTÓRIAS