Construção de estação do metrô na 110 Sul: ampliação da capacidade para
reduzir o uso de carros na cidade
GDF abre licitação para a construção de duas estações em Samambaia, que
devem beneficiar cerca de 10 mil pessoas por dia a partir de 2021. Além disso,
no próximo ano, o sistema deve contar com mais três terminais, dois na Asa Sul
e um em Águas Claras
*Por» Bruna Lima
O GDF lança hoje o edital de licitação para a expansão do metrô em
Samambaia. O projeto prevê mais 3,67km de trilhos e duas novas estações: uma na
Quadra 111 e outra na 117. As obras incluem, ainda, a construção de três
viadutos, sendo dois rodoviários e um metroviário; quatro passarelas para
pedestres; e uma subestação de energia. Com a ampliação do transporte sobre
trilhos, o governo estima atender 10 mil pessoas a mais por dia.
Com a homologação do processo, as empresas interessadas podem se
inscrever na concorrência. A estimativa da Companhia do Metropolitano do
Distrito Federal (Metrô/DF) é de que, em janeiro de 2019, essa etapa de seleção
seja concluída, o acordo firmado e que, a partir de então, comece a construção.
“Assim como acontece no mundo todo, a expansão dos trilhos vai valorizar os
ramos imobiliário, comercial e de serviço; com isso, haverá um boom na geração
de empregos e nas rendas, fomentando a economia e o desenvolvimento urbano”,
prevê o presidente da Metrô-DF, Marcelo Dourado. A expectativa é de que as
obras sejam concluídas em 2021.
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Social e Ambiental da
empreitada estimou que, com a construção dos terminais de metrô, será possível
reduzir mais de 3,2 mil carros particulares e 62 ônibus circulando diariamente
na região. Com isso, a pesquisa conclui que haverá redução tanto na quantidade
de poluentes atmosféricos quanto do tempo de viagem. A verba estimada é de R$
123 milhões, sendo que 88% do valor é proveniente do Orçamento Geral da União,
e os outros 12% da contrapartida financeira do GDF. Ao Correio, o governador
Rodrigo Rollemberg disse que viabilizar as obras foi uma prioridade da gestão.
“Mesmo que boa parte do montante venha do governo federal, houve esforço e
trabalho do governo local para equilibrar as contas, permitindo ao DF a
capacidade de investimento”, afirmou.
Modernização
Rollemberg destacou, ainda, que as três novas estações que o Distrito
Federal está prestes a receber foram construídas com verba local. A previsão é
de que, até novembro, os terminais da 106 Sul, no Cine Brasília, e da 110 Sul
possam receber passageiros. Até o fim de 2018, deve ficar pronta a estação da
Estrada Parque, em Águas Claras. As duas primeiras obras foram orçadas, no
total, em R$ 38 milhões.
A expansão do metrô de Samambaia faz parte do empreendimento “Expansão e
Modernização da Linha 1”. Ele foi dividido em quatro etapas, com o objetivo de
viabilizar a liberação dos recursos pelo Ministério das Cidades. Além do trecho
de Samambaia, estão incluídos o de Ceilândia, o da Asa Norte e uma modernização
do transporte. “Todas as etapas estão aprovadas pelo Ministério das Cidades e
pela Caixa Econômica Federal. No entanto, necessitamos da liberação da verba
federal para darmos início a esses outros processos licitatórios”, explica
Rollemberg.
A expectativa do Executivo local é de que o recurso da União seja
liberado ainda no primeiro semestre de 2019. Se a previsão for cumprida, todas
as obras da Expansão e Modernização da Linha 1 devem ser entregues até o fim de
2022.
(*) Bruna Lima – Foto: Antonio Cunha/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
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