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Uma eleição em transe - (....depois do atentado contra Jair Bolsonaro (PSL) ...as atenções para o Datafolha de hoje...)


Se esta eleição já era considerada por especialistas a mais imprevisível desde a redemocratização, agora ganha contornos dramáticos, depois do atentado contra Jair Bolsonaro (PSL), um fato inédito numa eleição presidencial no país. Até aqui, o candidato liderava a disputa pelo Palácio do Planalto, com 22% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ibope. E figurava, também, como o mais rejeitado, com 44%. Marina (Rede) e Ciro (PDT), que apareciam numericamente empatados em segundo lugar, com 12%, tinham, respectivamente, 26% e 20% de rejeição.

Neste momento da campanha, a facada que atingiu Bolsonaro amplificou, de forma desconcertante, as incertezas sobre a corrida eleitoral. Cientistas políticos acreditam que ele sairá fortalecido do episódio e se confirmará o favoritismo de mais votado no primeiro turno. Alguns apostam que o fato de ter sido vítima de um atentado, associado à grande exposição que o caso está tendo no noticiário político, resultará em queda na rejeição e o tornará mais competitivo num possível segundo turno.

Contudo, pelo menos num primeiro momento, em avaliações feitas antes de qualquer pesquisa eleitoral vir a conhecimento público, esses estudiosos não creem que o ataque desencadeará uma onda de apoio capaz de levá-lo a uma vitória em primeiro turno. Primeiro, porque o candidato dificilmente terá condições de deixar o hospital e voltar ativamente à campanha nos próximos dias. Segundo, porque o tempo de tevê dele no horário eleitoral, de apenas oito segundos, é ínfimo.

Até agora, no entanto, tudo não passa de conjecturas. O retrato parcial mais preciso sobre o impacto desses acontecimentos nas eleições será mostrado pela pesquisa do Datafolha, prevista para ser feita hoje ao longo do dia e divulgada à noite. No mercado financeiro, analistas avaliam que o atentado terá efeito negativo sobre a esquerda, reduzindo as chances de Ciro e, sobretudo, as de Haddad (PT), caso o ex-prefeito vire candidato ao Planalto se todas as investidas do partido a favor de Lula, no STF, fracassarem.

Na quinta-feira, a especulação tomou proporções escandalosas. Logo após a notícia, o dólar, que subia até então, passou a cair, e a bolsa disparou mais de mil pontos. Além do impacto favorável a Bolsonaro, o noticiário sobre os desdobramentos do atentado – de quinta-feira à tarde até ontem – reduziram quase a zero a exposição dos demais candidatos na mídia. Por isso, todas as atenções se voltam agora para o Datafolha de hoje e para as próximas pesquisas. São elas que vão sinalizar o rumo da disputa presidencial no país após o ataque ao candidato do PSL.


Plácido Fernandes Vieira – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google



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