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À QUEIMA-ROUPA: Humberto Fonseca, atual secretário de Saúde


Humberto Fonseca, atual secretário de Saúde

Que balanço faz da administração Rollemberg na área da saúde?
O grande mérito do governo foi patrocinar uma verdadeira reconstrução do sistema de saúde, a partir de seus alicerces. Encontramos terra arrasada, dívidas impagáveis, despesas sem contrato, desorganização administrativa, falta de normatização e de planejamento. As mudanças vieram ao custo de muito trabalho e vários enfrentamentos, mas já trouxeram bons resultados e estabeleceram com clareza um novo rumo para a saúde pública do DF. Sabe-se hoje o que precisa ser feito e como fazer. Tudo de forma dialogada e transparente. 

Quais foram os principais avanços?
O principal avanço foi a total reestruturação da rede de saúde a partir da atenção primária, com a ampliação da estratégia saúde da família, de 30% para 70% de cobertura. Além disso, a regionalização, estruturação dos ambulatórios de especialidades, a criação do Instituto Hospital de Base, a ampliação e consolidação do Hospital da Criança, a criação do complexo regulador, a organização dos processos de trabalho e do planejamento estratégico, a implantação do processo eletrônico, a sistematização e a manualização das contratações e execuções contratuais, que levaram praticamente ao fim das despesas sem contrato, com queda de 99,96% em nossa gestão. 

O que gostaria de ter executado e não foi possível tirar do papel nesse período?
Gostaríamos de ter tido mais tempo para expandir o modelo do IHB para outras unidades hospitalares. Gostaríamos de ter contratado agentes comunitários de saúde para completar as equipes de saúde da família e chegamos a mandar um projeto de lei para viabilizar essa contratação. Gostaríamos de ter entregado o processo de regulação totalmente concluído. Gostaríamos de ter conseguido contratar de um operador logístico para aperfeiçoar nosso armazenamento e distribuição de medicamentos e materiais. Embora tenhamos avançado, não conseguimos resultados substanciais no que tange à manutenção de níveis ótimos de abastecimento da rede. 

Que conselho daria ao seu sucessor?
Ajude as pessoas e fique firme. A missão é muito difícil, mas também é muito gratificante.



Ana Maria Campos - Coluna "Eixo Capital" - Foto: Minervino Junior/CB/D.A.Press  - Correio Braziliense








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